Monday, June 28, 2010

Fora de Campo

Düsseldorf (Migräne 1x0 WM)

Já que esse ßlog virou futebolístico nesse mês, apresento a você o trailer do filme que dá nome ao título.

Mostra a realidade nua e crua dos 460 times de futebol existentes no Brasil que nao disputam as Séries A e B. Se descontarmos os outros 20 ou 30 da Série sobram uns 430.

A ilusao da carreira de jogador de sucesso que nunca acontece, carros importados que jamais virao, mulheres exuberantes evaporando nos sonhos de várzea. A Vida nao é só sucesso, pelo contrário.

Minha carreira de jogador teve altos e baixos, como a de qualquer craque que se preze. Fui campeao de futebol de salao e campo nas Olimípiadas do Colégio Loyola e em alguns torneios de society em Lagoa Santa. Nada muito além disso.

Dos times que defendi, o Mastiguinhas teve relativo sucesso, apesar de nao ter ganho nada. O auge da minha carreira foi mesmo nos Pimpolhos Felizes da América, time folclórico criado, presidido e defendido com chuteiras e butinadas por Rodrigo Kalil Hanna, um de seus fundadores.

Ganhamos a Copa dos Campeoes juntos, em 1991 ou 92, acho. Era o famoso campao do Loyola, hoje inexistente. Encheram de quadras e piscinas no lugar. Um crime.

Apesar de nunca ter ganho nada, fomos convidados a participar do torneio que reunia os melhores times do colégio em todos os tempos. Márcio Barroca, vulgo Banana, ponta esquerda de ponte chute e arrancadas fulminantes, fora contratado junto ao Tico Mia especialmente para a final do torneio. Contratacao bombastica para a epoca mediante pagamento de dois x-burgers e uma coca na cantina. Jogamos contra, contra... nao me lembro quem. Ah, ninguém se lembra dos vices mesmo.

O ataque era formado por Banana e por mim. Ele mais na direita e eu pela esquerda. Resultado: 2x0 pros Pimpolhos, um gol de cada um. Eu estava em impedimento claro, de sabonete e toalha, mas se o Tevez pode na frente de milhoes de telespectadores, eu também posso.

Tempos gloriosos que nao voltam jamais.

Mais sobre o filme aqui.

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