Foto: EFE
A overdose futebolística acabou. Sinceramente, terei dificuldades pra dormir hoje. Colocarei um som de vuvuzela debaixo do travesseiro pra embalar meu precioso sonho.
Ganhou a Copa a equipe que jogou futebol e buscou o gol.
Que segurou os nervos o quanto pode.
Que teve fair play na maioria do jogo.
Que tem um técnico bonachao, parecendo um tio de qualquer um de nós.
E que partiu com tudo pra ganhar no final fugindo da disputa injusta dos penalties.
Van Bohmel deveria sair num camburao do estádio. Dali pra delegacia mais próxima. Interrogatório e inquérito sobre homicídio culposo. Babaca.
Foto: EFE
Iniesta revidou, o juiz viu e amarelou. A Fúria transferiu a pecha para o juiz. Temi pelo pior, mas nada aconteceu. Cantei para o Repórter Truta, que assistia ao jogo do meu lado, que o pequenino espanhol seria decisivo. Nao ganhou o merecido vermelho e marcou o gol do caneco após receber na medida passe de Fábregas.
Foi emocionante ver a entrega do troféu no meio da horda de espanhóis que invadiram os bares ao longo do Reno. Pareciam criancas. Nao acreditavam no que viam. Finalmente disputavam e ganhavam uma final de Copa. E pra tristeza da máquina de dar porrada laranja.
Como dizem os alemaes: A Holanda nunca ganha nada.
Meu amigo de infância e adolescência Eduardo Alfonso Gimenez Ponce, filho de espanhóis madrileños, e Santito seu irmao arquiteto e louco, devem estar bêbados até agora. Sao brasileiros, mas espanhóis de coracao. Merecem beber cada gota de sangria que puserem na garganta.E os torcedores do Barcelona disseram ser esse único título que faltava na vasta galeria de troféus do clube. A bagatela de seis titulares jogam lá.
E Paul, o polvo, acertou mais uma. Já foi até convidado pra conhecer a Espanha e desfrutar de sua merecida aposentadoria como octopus-vidente. Agora brinca tranquilo com uma réplica da taca no aquário de Oberhausen. Vou visitar Paul qualquer dia desses.
Foto: Roland Weihrauch / AFP



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