Sunday, April 18, 2010

Eyjafjallajoekull

Düsseldorf (roupas secando, Ela me esperando no quentinho!)

Esse é o nome do vulcao islandês que parou o Mundo, literalmente. Todo blog que se preze falou dele essa semana, hehe. Estava eu quinta passada em Lisboa voltando pra Alemanha. Na verdade, eu deveria voltar na sexta, mas gracas a uma feliz coincidência e a uma ordem da chefia, voei um dia antes. Havia uma escala na bela Palma de Mallorca, que do alto é realmente linda. Vôo atrasado inexplicavelmente. Pergunto em portunhol "que pasa? A aeronave está aqui ou ainda vai chegar?!"A resposta foi o vulcao espalhando cinzas Europa afora e comecando a cancelar vôos.

Olafur Eggertsson/Reuters

Escrevi algumas linhas ainda no aeroporto, só que salvei no desktop burramente. Na sexta, ao iniciar o lépi tópi minha senha nao funcionava. Tive que criar um novo perfil de usuário com nova senha e nao consigo mais recuperar o arquivo de nome Truta Paris.doc. Duas crônicas da Páscoa parisiense ali ficaram também. Será que consigo revê-las?! Espero que sim. Eram talvez os melhores textos que já escrevi na Vida...

Bem, me lembro do que escrevi sobre o vulcao. Que fico impressionado por essas forcas inexplicáveis da Natureza. Pra mim pelo menos, nao para físicos, geólogos ee afins. Vulcoes, avalanches, tsunamis, furacoes e todas as variacoes como tornados, tufoes, vendavais, ciclones (qual a diferenca básica entre cada um deles?! A velocidade do vento ou o estrago que causaram?!), baleias, enchentes e tudo que destrói num sopro o que o Homem levou anos pra erguer.

As baleias estao na lista por que sao os maiores animais, digo mamíferos, de que se tem notícia no Mundo de hoje. Sempre gostei delas. Fazia desenhos nos cadernos, eram minhas amigas. O engracado é que até hoje nunca vi uma ao vivo. Golfinhos sim, mas sao outro tipo de animal. Baleias humanas sim, já vi várias. Tanto homens como mulheres. Me lembro bem de um colega de colégio gigantesco, um mastodonte desses que tremem o chao por onde caminham deixando rachaduras no piso e trincas nas paredes. Ele devorava vários x-burgers no lanche do recreio como se tivesse comendo duas pacoquinhas.

E tinha também o Sideni, operador da sala de audio visual e árbitro de futebol amador nas horas vagas no Loyola, onde estudei. Já me expulsou no vestiário uma vez depois do jogo. Tentei entrar com recurso suspensivo e necas. Timburé, o negao zelador, faz-tudo e árbitro principal nao me deixou entrar em campo no jogo seguinte. Como era um crioulo de quase dois metros de altura por quatro de largura, resolvi acatar a decisao. Mas o Sideni ouvia todo santo dia no final do recreio um grito irritante de BALEIA na janelinha do audio visual. Ora eu ora o Banana fazíamos questao de deixá-lo furioso. Socado como ele só, parecia uma rolha de poco literalmente. Ficou tao puto que reclamou com nosso orientador. Recebemos o puxao de orelha e paramos com a alcunha. A partir dali, passamos a gritar ELEFANTE na janelinha...

Voltemos ao vulcao. Esse safado quase me fez dormir em Mallorca. Nao seria uma má idéia, mas estava louco de saudades dEla e queria chegar logo em casa. Após 4 dias de caos aéreo, amanha parte da Europa voltará a operar normalmente seus aeroportos. É incrível ver como milhoes de pessoas foram afetadas pelo Eyjafar, seu apelido mais fácil de falar. Há 200 anos, quando ele cuspiu lava pela última vez, nao haviam avioes. Aqui no Blog do Estadao tem uma galeria de fotos maravilhosas dele acordando de seu sono secular profundo.

Minha mae me disse hoje que quando o Krakatoa, em Java, Indonésia, explodiu nos anos 70 (acho, nao tô com saco de olhar a Wiki) foi um inferno na Terra e nos céus. Tem até um filme ou documentário chamado "Krakatoa, o inferno de Java". Cinzas pra tudo quanto é lado, no Planeta inteiro. Nessa época a seguranca das aeronaves nao era tao importante assim.

Vou dormir. O vinho já acabou. Inté.

3 comments:

Anonymous said...

também odiava o timburé.

fernando said...

"Krakatoa, o inferno de Java", filme ficcional em cima de história real, foi o filme que vi na primeira vez que entrei numa sala de cinema, e com certeza isso foi no final da década de 60 do século passado. Deve se rum dos primeiros, senão o primeiro, filmes do gênero Catástrofe da indústria de Óliúde.
Já o evento verdadeiro aconteceu no século XIX, mas provavelmente sim na década de 70.

Anonymous said...

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