Düsseldorf (motor tinindo, roda gaúcha, vidro degradê e farol de milha)
Hoje é meu aniversário, milhares de leitores espalhados pelos quatro cantos do Planeta, via Láctea e Sistema Solar. Anotem em seus calendários pra nao esquecer ano que vem. Romário também comemora hoje e já ligou. Todo ano faz questao.
E recebo de presente dos meus colegas de trabalho um magnífico Blue Label. Já provei dele, mas nunca tive o privilégio de ter um. Ao lado do Lagavulin safra 1991 que repousa lacrado em meu suntuoso bar farao uma bela dupla.
Dizem que se deve abrir um desses numa ocasiao especial. Pra mim todo dia é uma ocasiao mais que especial pelo simples fato de continuar vivendo a Vida que tenho o privilégio de viver, ao lado da minha amada mulher Juju, das famílias além-mar e dos amigos fiéis que venho acumulando com o passar dos anos. O resto é o resto.
Obrigado meu Deus!
viagens, Vida cotidiana, automobilismo, arte, música, pessoas, cinema... TUDO!!! trips, real Life, motorsports, Art, muzik, people, movies... EVERYTHING!!!
Friday, January 29, 2010
Thursday, January 28, 2010
Pra pensar (2)
Düsseldorf (arroz com parmesao e um ovinho gema mole por cima entao...)
Mais uma do Kroc or Die. Perfeita.
"Cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Fdp bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovenslipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for"."
Texto: Herbert Vianna
Colaboração: Alcione Prudêncio
Mais uma do Kroc or Die. Perfeita.
"Cirurgia de lipoaspiração? Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Fdp bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovenslipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for"."
Texto: Herbert Vianna
Colaboração: Alcione Prudêncio
Pra pensar
Düsseldorf (arroz com parmesao é bom demais)
Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre Vida sustentável:
"Todo mundo 'pensando em deixar um Planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarao' em deixar filhos melhores para o nosso Planeta?!"
Frase enviada pelo blogueiro Leo Kroc or Die que me fez e fará refletir por algum tempo.
Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre Vida sustentável:
"Todo mundo 'pensando em deixar um Planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarao' em deixar filhos melhores para o nosso Planeta?!"
Frase enviada pelo blogueiro Leo Kroc or Die que me fez e fará refletir por algum tempo.
Wednesday, January 27, 2010
Coachella
Düsseldorf (umbigalagalagalagalaaa)
O festival desse ano tá bem eclético, mas promete. Jay-Z, o rei e controlador do hip-hop americano, fechando a sexta. Antes tem Them Crooked Vultures, a super banda que assisti em Köln em dezembro passado com ninguém menos que John Paul Jones no baixo e teclados e Dave Grohl, ex-Nirvana e Foo Fighters demolindo na batera. E LCD Soundsystem. Conheco de nome e tenho algumas músicas.
Engracado como agora temos músicas, soltas, sozinhas, baixadas ou copiadas de nem sei onde mais. Antes eram CDs. Gastava horas montando K7s aproveitando ao máximo os minutos de cada lado. E as bolachas entao eram melhores ainda. Uma vitrola atualmente é um dos meus sonhos de consumo.
Depois Muse, o renascido Faith No More, e até o DJ Tiesto no segundo dia. Já gostei muito de música eletrônica. Hoje nem tanto.
E Gorillaz fechando o domingo com os desconhecidos (pra mim) Pavement e Thom Yorke.
É uma das coisas que quero fazer esse ano. Ir num festival, acampando, ficando no meio da galera e ouvindo muita música boa e conhecendo coisas novas.
Coachella é um sonho. Em 201X, talvez. Dessa turma toda que vai tocar, conheco alguns apenas. Julian Casablancas de ouvir falar (é filho do dono da agência de modelos Elite?!) e a Charlotte Gainsbourg, filha do Serge. Essa tenho algumas músicas e gostei. Fez o filme Anticristo do Lars von Trier. O prólogo da fita é sensacional, em preto e branco. Imagens impactantes que colam na memória.
O festival desse ano tá bem eclético, mas promete. Jay-Z, o rei e controlador do hip-hop americano, fechando a sexta. Antes tem Them Crooked Vultures, a super banda que assisti em Köln em dezembro passado com ninguém menos que John Paul Jones no baixo e teclados e Dave Grohl, ex-Nirvana e Foo Fighters demolindo na batera. E LCD Soundsystem. Conheco de nome e tenho algumas músicas.
Engracado como agora temos músicas, soltas, sozinhas, baixadas ou copiadas de nem sei onde mais. Antes eram CDs. Gastava horas montando K7s aproveitando ao máximo os minutos de cada lado. E as bolachas entao eram melhores ainda. Uma vitrola atualmente é um dos meus sonhos de consumo.
Depois Muse, o renascido Faith No More, e até o DJ Tiesto no segundo dia. Já gostei muito de música eletrônica. Hoje nem tanto.
E Gorillaz fechando o domingo com os desconhecidos (pra mim) Pavement e Thom Yorke.
É uma das coisas que quero fazer esse ano. Ir num festival, acampando, ficando no meio da galera e ouvindo muita música boa e conhecendo coisas novas.
Coachella é um sonho. Em 201X, talvez. Dessa turma toda que vai tocar, conheco alguns apenas. Julian Casablancas de ouvir falar (é filho do dono da agência de modelos Elite?!) e a Charlotte Gainsbourg, filha do Serge. Essa tenho algumas músicas e gostei. Fez o filme Anticristo do Lars von Trier. O prólogo da fita é sensacional, em preto e branco. Imagens impactantes que colam na memória.
Ghana & Juliana
Düsseldorf (meias sao a salvacao da Humanidade)
Minha intrépida esposa voltava hoje de Berlin e no taxi a caminho do aeroporto comecou a conversar com um simpático negao de Ghana. Sao sempre alegres e sorridentes os africanos, aconteca o que for. Em 2006 tivemos o privilégio de assistir Brasil 3x0 Ghana em Dortmund pela Copa do Mundo. Ingresso comprado na porta em lugares separados, na última hora trocados gracas à boa vontade do cambista que nos encontrou na multidao, a emocao de "disputar" a primeira Copa, a farra no final nas Fan Fests organizadas pelos alemaes. Uma festa inesquecível.
Voltando a Berlin, conversa vai, conversa vem, o distindo ganês (ganense?!) pergunta-lhe o nome. Ao ouvir Juliana, diz conhecer uma famosa música de seu país do mesmo nome. E comeca a cantá-la. Dirigindo e cantando. Juju sugere que ele grave um CD e siga cantando. Quando um cliente gostar, ele simplesmente saca a bolachinha do porta-luvas e oferece. Ela disse que compraria um. Mr. Ghana acha a idéia ótima e promete pensar no assunto. Antes dela sair da viatura, ele anota o nome da banda.
E com vocês, AB Crestil & Obur cantando...
Minha intrépida esposa voltava hoje de Berlin e no taxi a caminho do aeroporto comecou a conversar com um simpático negao de Ghana. Sao sempre alegres e sorridentes os africanos, aconteca o que for. Em 2006 tivemos o privilégio de assistir Brasil 3x0 Ghana em Dortmund pela Copa do Mundo. Ingresso comprado na porta em lugares separados, na última hora trocados gracas à boa vontade do cambista que nos encontrou na multidao, a emocao de "disputar" a primeira Copa, a farra no final nas Fan Fests organizadas pelos alemaes. Uma festa inesquecível.
Voltando a Berlin, conversa vai, conversa vem, o distindo ganês (ganense?!) pergunta-lhe o nome. Ao ouvir Juliana, diz conhecer uma famosa música de seu país do mesmo nome. E comeca a cantá-la. Dirigindo e cantando. Juju sugere que ele grave um CD e siga cantando. Quando um cliente gostar, ele simplesmente saca a bolachinha do porta-luvas e oferece. Ela disse que compraria um. Mr. Ghana acha a idéia ótima e promete pensar no assunto. Antes dela sair da viatura, ele anota o nome da banda.
E com vocês, AB Crestil & Obur cantando...
O que é um tablet
Düsseldorf (ela já foi dormir...)
A mae dos jegues, Wikipedia, diz que é uma forma de dosagem farmacêutica. Em bom português, um tablete. Esses remedinhos que a gente toma quando o corpo avisa que nao aguenta mais o estilo "saudável" de Vida que o dono leva.
Já o mago dos computadores Steve Jobs define o tablet como sendo um "produto mágico ocupando uma categoria entre um laptop e um smartphone, leia-se iPhone.
Steve lancou hoje o iPad dizendo ser "a coisa mais importante que já fiz". Em se tratando dele, deve ser algo realmente revolucionário. Ou apenas mais uma brilhante jogada de marketing.
Parece um iPhone aumentado e achatado, e difícil de carregar. Nao cabe no bolso, precisa-se de uma mochila ou pasta em neoprene pros mais frescos. Vai que vira moda. Nao duvido de mais nada nesse Mundo louco.
Li o livro "Inside Steve's Brain" e recomendo a leitura pra quem quiser entender um pouquinho mais sobre como a Apple, uma empresa desacreditada, a beira da falência e com uma linha enorme de produtos obsoletos, se transformou na líder e principalmente na criadora de tendências da indústria de alta tecnologia e computadores pessoais de hoje. Foco em poucos produtos, mas extremamente eficientes e funcionais é uma das respostas. Outras tantas estao nas páginas do livro que tem traducao em português. Outro dia escrevo os pontos altos do livro que marquei dobrando as pontinhas das páginas.
Sei que o Mundo nao pode parar, tal e coisa, mas qual o sentido de existir um produto desses após ver a catastrofe que assola o Haiti?! Aliás, alguém aqui se lembra que houve um terremoto lá há apenas 15 dias atrás?! As desigualdades e contrastes só aumentam... até quando eu nao sei.
A mae dos jegues, Wikipedia, diz que é uma forma de dosagem farmacêutica. Em bom português, um tablete. Esses remedinhos que a gente toma quando o corpo avisa que nao aguenta mais o estilo "saudável" de Vida que o dono leva.
Já o mago dos computadores Steve Jobs define o tablet como sendo um "produto mágico ocupando uma categoria entre um laptop e um smartphone, leia-se iPhone.
Steve lancou hoje o iPad dizendo ser "a coisa mais importante que já fiz". Em se tratando dele, deve ser algo realmente revolucionário. Ou apenas mais uma brilhante jogada de marketing.
Parece um iPhone aumentado e achatado, e difícil de carregar. Nao cabe no bolso, precisa-se de uma mochila ou pasta em neoprene pros mais frescos. Vai que vira moda. Nao duvido de mais nada nesse Mundo louco.
Li o livro "Inside Steve's Brain" e recomendo a leitura pra quem quiser entender um pouquinho mais sobre como a Apple, uma empresa desacreditada, a beira da falência e com uma linha enorme de produtos obsoletos, se transformou na líder e principalmente na criadora de tendências da indústria de alta tecnologia e computadores pessoais de hoje. Foco em poucos produtos, mas extremamente eficientes e funcionais é uma das respostas. Outras tantas estao nas páginas do livro que tem traducao em português. Outro dia escrevo os pontos altos do livro que marquei dobrando as pontinhas das páginas.
Sei que o Mundo nao pode parar, tal e coisa, mas qual o sentido de existir um produto desses após ver a catastrofe que assola o Haiti?! Aliás, alguém aqui se lembra que houve um terremoto lá há apenas 15 dias atrás?! As desigualdades e contrastes só aumentam... até quando eu nao sei.
Friday, January 22, 2010
1983 (A Merman I Should Turn To Be)
Düsseldorf (dormir ou ver um filme?!)
Uma das mais belas músicas jamais feitas por Jimi. Escutem TUDO que esse cara gravou.
Hurrah, I awake from yesterday
Alive, but the war is here to stay
So my love, Catherina and me,
decide to take our last walk through the noise to the sea
Not to die but to reborn,
away from lands so battered and torn
Forever, forever
Oh say, can you see it's really such a mess
Every inch of Earth is a fighting nest
Giant pencil and lipstick tube shaped things,
Continue to rain and cause screaming pain
And the arctic stains from silver blue to bloody red
as our feet find the sand,
and the sea is straight ahead, straight up ahead
Well it's too bad that our friends, can't be with us today
Well it's too bad
The machine, that we built,
would never save us', that's what they say
(That's why they ain't coming with us today)
And they also said it's impossible for a man to live and breathe under
water, forever,
was their main complaint
And they also threw this in my face, they said:
Anyway, you know good and well it would be beyond the will of God,
and the grace of the King (grace of the King)
(Yeah, yeah)
So my darling and I make love in the sand,
to salute the last moment ever on dry land
Our machine, it has done its work, played its part well
Without a scratch on our bodies and we bid it farewell
Starfish and giant foams greet us with a smile
Before our heads go under we take a last look at the killing noise
Of the out of style, the out of style, out of style(oooh)...
Uma das mais belas músicas jamais feitas por Jimi. Escutem TUDO que esse cara gravou.
Hurrah, I awake from yesterday
Alive, but the war is here to stay
So my love, Catherina and me,
decide to take our last walk through the noise to the sea
Not to die but to reborn,
away from lands so battered and torn
Forever, forever
Oh say, can you see it's really such a mess
Every inch of Earth is a fighting nest
Giant pencil and lipstick tube shaped things,
Continue to rain and cause screaming pain
And the arctic stains from silver blue to bloody red
as our feet find the sand,
and the sea is straight ahead, straight up ahead
Well it's too bad that our friends, can't be with us today
Well it's too bad
The machine, that we built,
would never save us', that's what they say
(That's why they ain't coming with us today)
And they also said it's impossible for a man to live and breathe under
water, forever,
was their main complaint
And they also threw this in my face, they said:
Anyway, you know good and well it would be beyond the will of God,
and the grace of the King (grace of the King)
(Yeah, yeah)
So my darling and I make love in the sand,
to salute the last moment ever on dry land
Our machine, it has done its work, played its part well
Without a scratch on our bodies and we bid it farewell
Starfish and giant foams greet us with a smile
Before our heads go under we take a last look at the killing noise
Of the out of style, the out of style, out of style(oooh)...
Pringles é mesmo batata!
Düsseldorf (Lagavulin, please)
E a justica inglesa determinou que as batatas Pringles sao mesmo feitas de... batatas. Achei que eram feitas de inhame com farinha, ovo, maitena, plástico e algum ingrediente milagroso que daria a elas um sabor de batata com alguma outra coisa.
Errei feio...
E a justica inglesa determinou que as batatas Pringles sao mesmo feitas de... batatas. Achei que eram feitas de inhame com farinha, ovo, maitena, plástico e algum ingrediente milagroso que daria a elas um sabor de batata com alguma outra coisa.
Errei feio...
Radio Truta
Düsseldorf (minha casa, minha cama, meu banheiro, e minha Mulher!)
E por hoje é só, pessoal.
Acabei de assistir Wild at Heart. A ragazza atende pelo nome de Helena Christensen e foi Miss Denmark em 1986.
E por hoje é só, pessoal.
Acabei de assistir Wild at Heart. A ragazza atende pelo nome de Helena Christensen e foi Miss Denmark em 1986.
Wednesday, January 20, 2010
Charlotte + New York
Essen-Burgaltendorf (45’ mit frisch und kalt Luft laufen)
Já era pra eu ter escrito algo sobre a viagem para New York. Peço desculpas aos meus dois leitores, mas a falta de um laptop ou mesmo de um netbook durante a viagem foi a causa principal. Isso será resolvido em breve.
Nossa memória é composta de varias camadas que vão se sobrepondo na medida em que vivemos novas experiências e aventuras. Sejam boas ou ruins. Contar sobre o dia 20 ou 21 de Dezembro de 2009 hoje não é a mesma coisa que escrever a noite, no calor dos acontecimentos. Perdem-se muitos detalhes, mas com a ajuda das varias fotos que tanto tiro, fica mais fácil.
A epopéia da ida agora se resume apenas numa lembrança dos fatos ocorridos como o dia 20 Dez inteiro vivido no aeroporto de Köln junto com cento e poucas pessoas. As crianças brincando o tempo todo, incansáveis, achando a situação maravilhosa, explorando o novo e gigantesco território próximo ao portão D22, assistindo a um providencial DVD que algum pai preparado trouxe na bagagem e esgotando a energia de todos, menos deles mesmos. Ao saber que não voaríamos mais no domingo 20, fomos todos buscar as bagagens nas esteiras pela segunda vez no dia. Lembro-me da loirinha de 6 ou 7 anos observar algo vindo na esteira. Todos cansados, loucos pra pegar o segundo ônibus do dia e ir para o hotel comer algo e tentar descansar, mas a loirinha aguardava algo. Era um pedaço de gelo que se desprendeu de alguma bagagem e vinha solto na esteira. Ela o pegou calmamente, ergueu seu braço com o gelo como se fosse um troféu e, sorrindo, o mostrou aos pais. Deram muito pouca atenção, mas pra ela era talvez o clímax daquele dia interminável. Como a Juju diz, criança é a melhor coisa do Mundo.
21. Dez 2009 - Monday
De volta ao aeroporto, todos ao guichê pra fazer o terceiro check-in em dois dias. Impressionante como algumas pessoas são impacientes, especialmente os alemães. Querem fazer tudo rápido, pensando na produtividade sempre. Correm pra fila, esperam 40’ em pé ate que alguém da Aer Lingus aparece para iniciar as atividades. Enquanto isso, Amoré e eu líamos nossos livros sentados aguardando calmamente.
Embarcamos, o avião finalmente taxiou na pista e... decolamos mais de 24 horas depois. Aplausos na decolagem pela primeira vez na Vida. Já em Dublin, conseguimos embarcar pros States na ultima hora e no vôo do mesmo horário do dia anterior, só que com uma hora e meia de atraso. Que foi fatal, pois ao chegarmos a NYC as 19:30 locais, nosso avião das 18:00 já havia saído, mesmo com um atraso de hora e pouco. Resultado: dormir em NYC. A simpática atendente da USAirways recomendou para que voltássemos no dia seguinte as cinco da matina pra tentar pegar o vôo das 6:30am para Charlotte. La na Carolina do Norte moram os Degulhos, proeminente família anglo-brasileira e motivo de nossa visita. Cinco da matina é o cara..., pensei. Vamos dormir e voltar quando der.
Por sorte, a Caroline, nossa cicerone e anfitriã na capital do Mundo, nos recebeu em seu apartamento no Lower East Side para o pernoite. Me comuniquei com o patriarca dos Degulhos e pedi instruções de como proceder. Newark seria o destino do dia seguinte. De lá saem seis vôos diários pra Charlotte ao contrario dos três que partem do JFK, vulgo Kennedy Airport.
22 Dez 2009 – Tuesday
Antes de seguir para o aeroporto de Newark, resolvemos fazer um reconhecimento da área. Saímos em busca de um café estilo Starbucks.
(Jamais entro nessas porcarias aqui na Europa, mas uma vez estando no país deles, resolvi seguir o American Way. Sempre faço isso nos países em que visito e funciona bem. Ajuda a entender a sociedade e a cultura do lugar).
Andamos um quarteirão e, de repente, tudo escrito em chinês. Olho para o lado e vejo uma chinesa jovem e uma senhora. Andamos mais um pouco e as placas em mandarim aumentam de quantidade, assim como o numero de pessoas. Todos chineses. Não vi um americano sequer. A única indicação de estar em New York eram algumas inscrições em inglês e a placa dos carros. Bem vindo a Chinatown. Uma zona. Lixo espalhado por todos os lados (não só lá, mas em varias partes da cidade também), chineses vendendo de tudo, mas principalmente comida. Verduras, legumes, frutos do mar e coisas estranhas que nunca havia visto. Acho que comem de tudo. Sem preconceito ou racismo, pareciam ratos saindo de vários buracos. Aparecendo e sumindo numa rapidez impressionante.
Fazia sol e um pouco de neve descansava nos cantos das ruas e calcadas. Mais uma quadra e vejo um prédio enorme do HSBC. Depois fiquei sabendo que é a sede do banco em NY. Andando pela Pearl Street sem mapa ou qualquer outra indicação, chegamos numa praça onde fica a City Hall, ou prefeitura. Depois vi no mapa que o centro financeiro estava logo ali, e o local onde ficavam as torres gêmeas, Ground Zero agora, era um pouco mais adiante. Um prédio bonito da Woolworth me chamou a atenção.
Encontramos o bendito Starbucks para o desjejum. Já sentados, começando a comer e beber, reparo num ser sentado num banco com uma bancada virada pra janela da rua. Falava em francês. Vários papéis espalhados na mesa, uma mão no ouvido e o capuz do casaco sobre a cabeça. Estava suja, fumava sem parar e não fazia silencio em momento algum. Não incomodava, mas chamava a atenção.
(Neste exato momento começa a tocar a musica Empire State of Mind, com o Jay-Z e Alicia Keys. É só clicar ai embaixo).
No ultimo dia da viagem, dia 6 Jan 2010, voltamos nessa mesma rua pra comprar um Xbox pro Rato meu irmão na J&R. Recomendação do Sr. Garcia, de quem falarei em breve. Ela não teve paciência para me acompanhar e ficou no mesmo Starbucks bebericando um arábico e sentada ao lado da personagem francesa. Fazia exatamente a mesma coisa, do mesmo jeito, no mesmo horário, provavelmente.
Tenho medo dessas coincidências. Podem significar o fechamento de um ciclo ou dizer que aquela viagem teve um inicio, meio e se aproximava do fim. Fim de ciclo este relacionado com o avião que pegaríamos logo a seguir. Sobre meu medo de avião, já falei aqui. Não passa de bobagens criadas pela nossa mente maluca.
Bem, resumindo essa longa historia, voltamos pra casa passando por baixo da Brooklyn Bridge, pegamos a mala, e depois um taxi ate a Penn Station. De lá partiria o trem para o aeroporto de Newark. Bonita a estação, me surpreendeu. Ali ao lado fica o Madison Square Garden, mas nem reparei nesse dia. O cansaço e stress não permitiram. Já no aeroporto, um dos seis vôos havia saído e outro cancelado. Todos os passageiros seriam distribuídos nos quatro restantes. Nossas pequenas chances só diminuíam. Chegamos a fazer check-in, despachar a mala após pagar absurdos $25, passar pelo controle, chegar na boca do portão e não entrar no cilindro voador. Pegamos a mala de volta (era um standby check-in, muito prazer) e desistimos de voar. Quase cancelamos a ida para Charlotte e o natal com os Degulhos.
Vamos comer?! T.G.I. Friday’s, why not?! Ta na chuva é pra se queimar. Consultei a Amtrak sobre os trens e o próximo sairia dia 25 pela manha. Alugar um carro seria a ultima opção, Dirigir dez horas ate Charlotte também. Após negociar um Mazda 5 por um #6 com GPS, saímos as 5:30pm de Newark rumo a North Carolina. Peguei o caminho errado, pra variar, e perdemos mais uns bons vinte minutos.
Queria levar ate o destino final. Questão de honra. Mas as mulheres, sempre sensatas e ponderadas, dão conselhos precisos nas horas necessitadas. “Amore, por que não dormimos no caminho e continuamos amanha?! Você ta cansado. A gente descansa e amanha viaja de dia vendo a paisagem, pelo menos.” Okay, você venceu.
Vimos o Capitólio de soslaio ao entrar em Washington D.C. (apenas DC nos USA) seguindo as orientações da moca do GPS. Meio anarfa ela. Todas as vezes que a desobedeci, me dei bem. Passamos Richmond e achamos um Best Western na estrada. Esses hotéis/motéis como nos filmes, com os quartos do lado de fora, no estacionamento. Banho quente, cama confortável, A Fantástica Fabrica de Chocolate “Wonka” passando na TV. (Às vezes me assusto com minha memória.) É, ela tinha razão. Mais uma vez.
23 Dez 2009 – Wednesday
O café da manha foi uma aventura de criança. Quanta coisa diferente. A comida americana é um lixo. Como se alimentam tão mal assim?! Não é coincidência o país ter tantas baleias e leitões se arrastando por ai. Consegui fazer uma torrada e achei um Filadélfia, ou Philadelphia. Suco de laranja, ou um xarope com esse sabor, um café terrível e ovos cozidos. Não tinha queijo nem presunto. Ela se virou com um chá, torradas, o ovo e geléias. Ate o iogurte era intragável. Tudo doce demais, grande demais. Exagerados. Reis do desperdício em todas as áreas.
Degulhos devidamente informados e pé na estrada. Como dirigem mal os americanos. O speed limit de 65 ou 70 milhas faz com que a pista da esquerda não seja usada pelos carros mais rápidos, ao contrario da Alemanha. Um saco manter a velocidade num carro sem piloto automático, mas a paisagem era interessante. Enormes caminhões, camionetes e SUVs colossais dominavam a cena. Carros normais eram menos da metade. Por que será que eles são os maiores poluidores do Planeta?!
Comportamento irritante no inicio, mas depois fui ultrapassando pela direita sem o menor peso na consciência. O carro com placa do Arizona era econômico e a gasolina baratíssima. Quatro vezes mais barata que na Europa. Conseqüência direta na economia dos dois blocos econômicos.
Após duas paradas, compra arrependida dos doces chocolates Hershey’s, biscoitos e água, chegamos a Charlotte. O numero 10312 era o destino final. A matriarca dos Degulhos nos recebeu pronta e alegremente. Nossos aposentos já estavam preparados fazia dois dias. Ansiosos com nossa chegada celebramos com cervejas, conversa boa, um strogonoff delicioso e risadas na mesma proporção. Gastamos três horas para conhecer a residência toda. Impressionante o bom gosto e a decoração. Um estilo de Vida bem diferente do europeu, com suas vantagens e desvantagens. Como tudo na Vida. Gostei muito e fiquei feliz por ter cumprido a missão. A odisséia chegava ao fim três dias e meio depois.
A noite fizemos um passeio pela cidade, ao centro e arredores. Paramos pra exercitar o Capitalismo consumindo e contribuindo para o PIB americano. Em proporção inversa, nosso dinheiro de plástico ganhava Vida própria e começava a implacável dominação. Nunca entrem numa loja chamada Marshalls. Ou entrem sempre que quiserem comprar roupas mais baratas que qualquer outlet. Impressionante. E era só o começo da viagem.
Já em casa, banho e cama.
Já era pra eu ter escrito algo sobre a viagem para New York. Peço desculpas aos meus dois leitores, mas a falta de um laptop ou mesmo de um netbook durante a viagem foi a causa principal. Isso será resolvido em breve.
Nossa memória é composta de varias camadas que vão se sobrepondo na medida em que vivemos novas experiências e aventuras. Sejam boas ou ruins. Contar sobre o dia 20 ou 21 de Dezembro de 2009 hoje não é a mesma coisa que escrever a noite, no calor dos acontecimentos. Perdem-se muitos detalhes, mas com a ajuda das varias fotos que tanto tiro, fica mais fácil.
A epopéia da ida agora se resume apenas numa lembrança dos fatos ocorridos como o dia 20 Dez inteiro vivido no aeroporto de Köln junto com cento e poucas pessoas. As crianças brincando o tempo todo, incansáveis, achando a situação maravilhosa, explorando o novo e gigantesco território próximo ao portão D22, assistindo a um providencial DVD que algum pai preparado trouxe na bagagem e esgotando a energia de todos, menos deles mesmos. Ao saber que não voaríamos mais no domingo 20, fomos todos buscar as bagagens nas esteiras pela segunda vez no dia. Lembro-me da loirinha de 6 ou 7 anos observar algo vindo na esteira. Todos cansados, loucos pra pegar o segundo ônibus do dia e ir para o hotel comer algo e tentar descansar, mas a loirinha aguardava algo. Era um pedaço de gelo que se desprendeu de alguma bagagem e vinha solto na esteira. Ela o pegou calmamente, ergueu seu braço com o gelo como se fosse um troféu e, sorrindo, o mostrou aos pais. Deram muito pouca atenção, mas pra ela era talvez o clímax daquele dia interminável. Como a Juju diz, criança é a melhor coisa do Mundo.
21. Dez 2009 - Monday
De volta ao aeroporto, todos ao guichê pra fazer o terceiro check-in em dois dias. Impressionante como algumas pessoas são impacientes, especialmente os alemães. Querem fazer tudo rápido, pensando na produtividade sempre. Correm pra fila, esperam 40’ em pé ate que alguém da Aer Lingus aparece para iniciar as atividades. Enquanto isso, Amoré e eu líamos nossos livros sentados aguardando calmamente.
Embarcamos, o avião finalmente taxiou na pista e... decolamos mais de 24 horas depois. Aplausos na decolagem pela primeira vez na Vida. Já em Dublin, conseguimos embarcar pros States na ultima hora e no vôo do mesmo horário do dia anterior, só que com uma hora e meia de atraso. Que foi fatal, pois ao chegarmos a NYC as 19:30 locais, nosso avião das 18:00 já havia saído, mesmo com um atraso de hora e pouco. Resultado: dormir em NYC. A simpática atendente da USAirways recomendou para que voltássemos no dia seguinte as cinco da matina pra tentar pegar o vôo das 6:30am para Charlotte. La na Carolina do Norte moram os Degulhos, proeminente família anglo-brasileira e motivo de nossa visita. Cinco da matina é o cara..., pensei. Vamos dormir e voltar quando der.
Por sorte, a Caroline, nossa cicerone e anfitriã na capital do Mundo, nos recebeu em seu apartamento no Lower East Side para o pernoite. Me comuniquei com o patriarca dos Degulhos e pedi instruções de como proceder. Newark seria o destino do dia seguinte. De lá saem seis vôos diários pra Charlotte ao contrario dos três que partem do JFK, vulgo Kennedy Airport.
22 Dez 2009 – Tuesday
Antes de seguir para o aeroporto de Newark, resolvemos fazer um reconhecimento da área. Saímos em busca de um café estilo Starbucks.
(Jamais entro nessas porcarias aqui na Europa, mas uma vez estando no país deles, resolvi seguir o American Way. Sempre faço isso nos países em que visito e funciona bem. Ajuda a entender a sociedade e a cultura do lugar).
Andamos um quarteirão e, de repente, tudo escrito em chinês. Olho para o lado e vejo uma chinesa jovem e uma senhora. Andamos mais um pouco e as placas em mandarim aumentam de quantidade, assim como o numero de pessoas. Todos chineses. Não vi um americano sequer. A única indicação de estar em New York eram algumas inscrições em inglês e a placa dos carros. Bem vindo a Chinatown. Uma zona. Lixo espalhado por todos os lados (não só lá, mas em varias partes da cidade também), chineses vendendo de tudo, mas principalmente comida. Verduras, legumes, frutos do mar e coisas estranhas que nunca havia visto. Acho que comem de tudo. Sem preconceito ou racismo, pareciam ratos saindo de vários buracos. Aparecendo e sumindo numa rapidez impressionante.
Fazia sol e um pouco de neve descansava nos cantos das ruas e calcadas. Mais uma quadra e vejo um prédio enorme do HSBC. Depois fiquei sabendo que é a sede do banco em NY. Andando pela Pearl Street sem mapa ou qualquer outra indicação, chegamos numa praça onde fica a City Hall, ou prefeitura. Depois vi no mapa que o centro financeiro estava logo ali, e o local onde ficavam as torres gêmeas, Ground Zero agora, era um pouco mais adiante. Um prédio bonito da Woolworth me chamou a atenção.
Encontramos o bendito Starbucks para o desjejum. Já sentados, começando a comer e beber, reparo num ser sentado num banco com uma bancada virada pra janela da rua. Falava em francês. Vários papéis espalhados na mesa, uma mão no ouvido e o capuz do casaco sobre a cabeça. Estava suja, fumava sem parar e não fazia silencio em momento algum. Não incomodava, mas chamava a atenção.
(Neste exato momento começa a tocar a musica Empire State of Mind, com o Jay-Z e Alicia Keys. É só clicar ai embaixo).
No ultimo dia da viagem, dia 6 Jan 2010, voltamos nessa mesma rua pra comprar um Xbox pro Rato meu irmão na J&R. Recomendação do Sr. Garcia, de quem falarei em breve. Ela não teve paciência para me acompanhar e ficou no mesmo Starbucks bebericando um arábico e sentada ao lado da personagem francesa. Fazia exatamente a mesma coisa, do mesmo jeito, no mesmo horário, provavelmente.
Tenho medo dessas coincidências. Podem significar o fechamento de um ciclo ou dizer que aquela viagem teve um inicio, meio e se aproximava do fim. Fim de ciclo este relacionado com o avião que pegaríamos logo a seguir. Sobre meu medo de avião, já falei aqui. Não passa de bobagens criadas pela nossa mente maluca.
Bem, resumindo essa longa historia, voltamos pra casa passando por baixo da Brooklyn Bridge, pegamos a mala, e depois um taxi ate a Penn Station. De lá partiria o trem para o aeroporto de Newark. Bonita a estação, me surpreendeu. Ali ao lado fica o Madison Square Garden, mas nem reparei nesse dia. O cansaço e stress não permitiram. Já no aeroporto, um dos seis vôos havia saído e outro cancelado. Todos os passageiros seriam distribuídos nos quatro restantes. Nossas pequenas chances só diminuíam. Chegamos a fazer check-in, despachar a mala após pagar absurdos $25, passar pelo controle, chegar na boca do portão e não entrar no cilindro voador. Pegamos a mala de volta (era um standby check-in, muito prazer) e desistimos de voar. Quase cancelamos a ida para Charlotte e o natal com os Degulhos.
Vamos comer?! T.G.I. Friday’s, why not?! Ta na chuva é pra se queimar. Consultei a Amtrak sobre os trens e o próximo sairia dia 25 pela manha. Alugar um carro seria a ultima opção, Dirigir dez horas ate Charlotte também. Após negociar um Mazda 5 por um #6 com GPS, saímos as 5:30pm de Newark rumo a North Carolina. Peguei o caminho errado, pra variar, e perdemos mais uns bons vinte minutos.
Queria levar ate o destino final. Questão de honra. Mas as mulheres, sempre sensatas e ponderadas, dão conselhos precisos nas horas necessitadas. “Amore, por que não dormimos no caminho e continuamos amanha?! Você ta cansado. A gente descansa e amanha viaja de dia vendo a paisagem, pelo menos.” Okay, você venceu.
Vimos o Capitólio de soslaio ao entrar em Washington D.C. (apenas DC nos USA) seguindo as orientações da moca do GPS. Meio anarfa ela. Todas as vezes que a desobedeci, me dei bem. Passamos Richmond e achamos um Best Western na estrada. Esses hotéis/motéis como nos filmes, com os quartos do lado de fora, no estacionamento. Banho quente, cama confortável, A Fantástica Fabrica de Chocolate “Wonka” passando na TV. (Às vezes me assusto com minha memória.) É, ela tinha razão. Mais uma vez.
23 Dez 2009 – Wednesday
O café da manha foi uma aventura de criança. Quanta coisa diferente. A comida americana é um lixo. Como se alimentam tão mal assim?! Não é coincidência o país ter tantas baleias e leitões se arrastando por ai. Consegui fazer uma torrada e achei um Filadélfia, ou Philadelphia. Suco de laranja, ou um xarope com esse sabor, um café terrível e ovos cozidos. Não tinha queijo nem presunto. Ela se virou com um chá, torradas, o ovo e geléias. Ate o iogurte era intragável. Tudo doce demais, grande demais. Exagerados. Reis do desperdício em todas as áreas.
Degulhos devidamente informados e pé na estrada. Como dirigem mal os americanos. O speed limit de 65 ou 70 milhas faz com que a pista da esquerda não seja usada pelos carros mais rápidos, ao contrario da Alemanha. Um saco manter a velocidade num carro sem piloto automático, mas a paisagem era interessante. Enormes caminhões, camionetes e SUVs colossais dominavam a cena. Carros normais eram menos da metade. Por que será que eles são os maiores poluidores do Planeta?!
Comportamento irritante no inicio, mas depois fui ultrapassando pela direita sem o menor peso na consciência. O carro com placa do Arizona era econômico e a gasolina baratíssima. Quatro vezes mais barata que na Europa. Conseqüência direta na economia dos dois blocos econômicos.
Após duas paradas, compra arrependida dos doces chocolates Hershey’s, biscoitos e água, chegamos a Charlotte. O numero 10312 era o destino final. A matriarca dos Degulhos nos recebeu pronta e alegremente. Nossos aposentos já estavam preparados fazia dois dias. Ansiosos com nossa chegada celebramos com cervejas, conversa boa, um strogonoff delicioso e risadas na mesma proporção. Gastamos três horas para conhecer a residência toda. Impressionante o bom gosto e a decoração. Um estilo de Vida bem diferente do europeu, com suas vantagens e desvantagens. Como tudo na Vida. Gostei muito e fiquei feliz por ter cumprido a missão. A odisséia chegava ao fim três dias e meio depois.
A noite fizemos um passeio pela cidade, ao centro e arredores. Paramos pra exercitar o Capitalismo consumindo e contribuindo para o PIB americano. Em proporção inversa, nosso dinheiro de plástico ganhava Vida própria e começava a implacável dominação. Nunca entrem numa loja chamada Marshalls. Ou entrem sempre que quiserem comprar roupas mais baratas que qualquer outlet. Impressionante. E era só o começo da viagem.
Já em casa, banho e cama.
Tuesday, January 19, 2010
O Tempo
Essen-Burgaltendorf (PM course sucks!)
A sra./srta. Marta Medeiros, talvez parente da minha prima Ana Laurinha Medeiros Guimaraes, sentenciou:
"Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho."
Concordo e discordo. Mais do segundo. Sim, perdemos muito Tempo na Vida mesmo. Eu sou mestre nisso. Posso dar aula em qualquer Doutorado em perda de Tempo do Mundo, mas tenho o meu ritmo. Nao sou lerdo, apenas tenho minhas prioridades, vontades, desejos que variam de pessoa pra pessoa.
"Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando" é só apertar um botao para o fogao de vidro ligar, mas elas sabem cozinhar?! Sabem saborear uma comida?!
"...não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas", entao elas tem a resposta pra tudo, já nasceram experientes e sao a solucao para todos os problemas da Humanidade?!
"... não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas.", e depois voltam atrás na Vida justamente por ter queimado etapas tao importantes e essenciais na Vida de qualquer ser humano.
"Não desperdiçam mais nada." Talvez desperdicem a própria Vida por apenas ter pressa, correr em busca de algo que nem mesmo sabem o que é.
Cada dia que passa percebo que quanto menos, melhor. Menos é mais. Menos atividades, mas gastando mais Tempo para cada uma delas. Menos amigos, mas tendo uma amizade forte, sincera e constante. Menos trabalho, mas com maior afinco, concentracao e qualidade. Menos comida, mas saboreando cada garfada, de preferência com um bom vinho.
Menos parceiros, mas muito mais Amor. Quem me mandou esse texto foi meu Amor, e ela também discorda de muitas coisas ali escritas.
Somos só nós dois por aqui (e por enquanto). Menos é mais, muito mais.
A sra./srta. Marta Medeiros, talvez parente da minha prima Ana Laurinha Medeiros Guimaraes, sentenciou:
"Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho."
Salvador Dali, La persistencia de la memoria (1931)
Concordo e discordo. Mais do segundo. Sim, perdemos muito Tempo na Vida mesmo. Eu sou mestre nisso. Posso dar aula em qualquer Doutorado em perda de Tempo do Mundo, mas tenho o meu ritmo. Nao sou lerdo, apenas tenho minhas prioridades, vontades, desejos que variam de pessoa pra pessoa.
Atalhos te fazem chegar mais rápido, a encurtar o caminho, mas quem disse que estou com pressa?! Nao se pode curtir a viagem?! Nao posso parar, fazer um lanche, ir no banheiro, olhar a paisagem com calma, talvez dormir no caminho pra absorver mais daquilo que vejo e sinto?!
Ah, mas ela se refere a relacionamentos, a situacoes do dia-a-dia, ou diaadia, sei la. Humm, "a pessoa é bruta com voce", mas sabe-se lá os problemas que essa pessoa está vivendo no momento?!
"Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando" é só apertar um botao para o fogao de vidro ligar, mas elas sabem cozinhar?! Sabem saborear uma comida?!
"...não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas", entao elas tem a resposta pra tudo, já nasceram experientes e sao a solucao para todos os problemas da Humanidade?!
"... não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas.", e depois voltam atrás na Vida justamente por ter queimado etapas tao importantes e essenciais na Vida de qualquer ser humano.
"Não desperdiçam mais nada." Talvez desperdicem a própria Vida por apenas ter pressa, correr em busca de algo que nem mesmo sabem o que é.
Cada dia que passa percebo que quanto menos, melhor. Menos é mais. Menos atividades, mas gastando mais Tempo para cada uma delas. Menos amigos, mas tendo uma amizade forte, sincera e constante. Menos trabalho, mas com maior afinco, concentracao e qualidade. Menos comida, mas saboreando cada garfada, de preferência com um bom vinho.
Menos parceiros, mas muito mais Amor. Quem me mandou esse texto foi meu Amor, e ela também discorda de muitas coisas ali escritas.
Somos só nós dois por aqui (e por enquanto). Menos é mais, muito mais.
Sunday, January 17, 2010
International
Düsseldorf (amanha em Burgaltendorf)
Este blog recebeu comentários internacionais nos últimos dias. O primeiro foi do John dia 12 último no post Beatles em Quadrinhos que escreveu:
Victor Hugo diria:
(Por que as fotos do planeta sempre mostram os EUA?! Irritante isso.)
Este blog recebeu comentários internacionais nos últimos dias. O primeiro foi do John dia 12 último no post Beatles em Quadrinhos que escreveu:
"Very unique blog.
Fantastic pictures. Wow...
I like your blog.
Please visit:
Keep blogging.
Have a nice day."
Dei um pulo no Digital World, mas nao é muito a minha praia. Fiquei feliz.
Eis que senao quando, a Myriam posta nao só um, mas dois comentários em francês, sim, na língua de Victor Hugo, no já antigo post sobre o piloto alemao Wolfgang von Trips no longíncuo 6 de Maio de 2008. Segue o comentário e a traducao:
"Wolf von Trips?
C'est mon idole depuis mai 1961. Lorsque j'ai vu son accident sur une vidéo allemande en 2006 (eh oui seulement) j'ai eu l'impression de recevoir un seau de glace dans le dos. Je ne savais pas qu'il y avait tant de choses sur lui. Sans l'avoir oublié au fil des années j'ai eu le bonheur de le retrouver en août 2005. Depuis je surfe presque tous les jours à la recherche de quelques photos de lui. Toutes celles que j'ai déjà trouvées sont soigneusement classées dans des albums. Myriam."
C'est de nouveau moi...
Au sujet de la villa Trips qui a été construite à la demande de Thessa sa maman, qui a déserté le château Hemmersbach après la mort de son fils Wolf. A ma connaissance la famille s'est éteinte définitivement avec la mort de Thessa en 1978. Donc la villa est actuellement entretenue non pas par de la famille mais par des fans dont Monsieur Reinold Louis et d'autres fans. Le château Hemmersbach, quant à lui, est occupé par environ 25 entreprises qui y ont leur siège. Fiduciaires, agences immobilières etc.
C'est bien triste et c'est un gâchis car ce château aurait dû être habité par de la famille et des enfants. Myriam
Que traduzindo Victor Hugo por Camoes, temos:
"Wolf von Trips?
Ele é meu ídolo desde Maio de 1961. Quando eu vi o acidente em um vídeo alemão em 2006 (sim apenas) eu senti receber um balde de gelo nas costas. Eu não sabia que havia tantas coisas sobre ele. Sem te-lo esquecido ao longo dos anos tenho tido a sorte de regressar em Agosto de 2005, desde que eu surfo quase todos os dias à procura de algumas fotos dele. Todas aqueles que eu encontrei são cuidadosamente classificadas em álbuns. Myriam.
Sou eu de novo...
Sobre sua visita para a vila, ela foi construída a pedido de Thessa sua mãe, que abandonou o castelo Hemmersbach após a morte de seu filho Wolf. Para o seu conhecimento a família foi finalmente extinta com a morte de Thessa em 1978. Assim, a casa já não é mantida pela família, mas pelos fãs como o Sr. Reinold Louis e outros torcedores. O Castelo Hemmersbach, entretanto, é ocupado por cerca de 25 empresas que têm lá a sua sede. Fiduciários, imobiliário, etc. É triste e é uma confusão porque o castelo tinha sido habitado pela família e filhos. Myriam"
Ele é meu ídolo desde Maio de 1961. Quando eu vi o acidente em um vídeo alemão em 2006 (sim apenas) eu senti receber um balde de gelo nas costas. Eu não sabia que havia tantas coisas sobre ele. Sem te-lo esquecido ao longo dos anos tenho tido a sorte de regressar em Agosto de 2005, desde que eu surfo quase todos os dias à procura de algumas fotos dele. Todas aqueles que eu encontrei são cuidadosamente classificadas em álbuns. Myriam.
Sou eu de novo...
Sobre sua visita para a vila, ela foi construída a pedido de Thessa sua mãe, que abandonou o castelo Hemmersbach após a morte de seu filho Wolf. Para o seu conhecimento a família foi finalmente extinta com a morte de Thessa em 1978. Assim, a casa já não é mantida pela família, mas pelos fãs como o Sr. Reinold Louis e outros torcedores. O Castelo Hemmersbach, entretanto, é ocupado por cerca de 25 empresas que têm lá a sua sede. Fiduciários, imobiliário, etc. É triste e é uma confusão porque o castelo tinha sido habitado pela família e filhos. Myriam"
Sim, é realmente muito triste. Mas mais triste ainda foi que a Myriam nao deixou email de contato e muito menos o link com as fotos do seu álbum. Se ele for álbum de fotos impressas tudo bem. Se nao, ela poderia me mandar o site.
Myriam, um pedido. Me mande o link do álbum de fotos, por favor.
Abracos,
Pedro
Victor Hugo diria:
Myriam, une demande. Envoyez-moi le lien de l'album, s'il vous plaît.
Cordialement,
Pedro Cordialement,
Saturday, January 16, 2010
Haiti
Düsseldorf (Deus é justo?!)
As imagens sao fortes e mostram a tragédia em Porto Príncipe após o terremoto de 7 graus na escala Richter ocorrido dia 12, terca passada.
O país mais pobre das Américas e um dos mais miseráveis do Mundo agoniza. Parece um holocausto e é mesmo ao se notar que a forca do tremor equivale a quatro vezes a potência da bomba de Hiroshima. Acostumados aos furacoes e tsunamis do Caribe, dessa vez a forca da mae Natureza foi mais que cruel. Pegou um país e um povo desprevenido e despreparado. Era fim de tarde. Prédios comerciais, orfanatos, igrejas, empresas, todos cheios.
Se um terremoto da mesma magnitude chacoalhou Kobe no Japao em 1995, onde as construcoes modernas foram feitas para suportar essas situacoes, imagine em um pais como o Haiti. Autoridades do Haiti acreditam que o número de mortos possa ficar entre 100.000 e 200.000, e que três quartos da cidade precisarão ser reconstruídos.
Os corpos empilhados me lembraram o genocídio em Ruanda, este sim pior ainda por que foi obra do homem. E nao deixa de ser uma reacao do Planeta contra a falta de acao dos governantes em Copenhagen contra as mudancas climáticas. A ganância do homem, como sempre, falou mais alto. E o resto que se dane, inclusive a própria Terra.
Nao sei o que dizer a nao ser pedir para que os países ricos ajudem a aliviar o sofrimento das vítimas. Farei a minha parte depositando $$$ numa conta de ajuda humanitária aqui na Alemanha. O auxílio aos desabrigados e vítimas está acontecendo da maneira correta, pelo menos por enquanto.
As fotos foram tiradas da galeria de imagens do Boston Globe.
As imagens sao fortes e mostram a tragédia em Porto Príncipe após o terremoto de 7 graus na escala Richter ocorrido dia 12, terca passada.
O país mais pobre das Américas e um dos mais miseráveis do Mundo agoniza. Parece um holocausto e é mesmo ao se notar que a forca do tremor equivale a quatro vezes a potência da bomba de Hiroshima. Acostumados aos furacoes e tsunamis do Caribe, dessa vez a forca da mae Natureza foi mais que cruel. Pegou um país e um povo desprevenido e despreparado. Era fim de tarde. Prédios comerciais, orfanatos, igrejas, empresas, todos cheios.
Se um terremoto da mesma magnitude chacoalhou Kobe no Japao em 1995, onde as construcoes modernas foram feitas para suportar essas situacoes, imagine em um pais como o Haiti. Autoridades do Haiti acreditam que o número de mortos possa ficar entre 100.000 e 200.000, e que três quartos da cidade precisarão ser reconstruídos.
Os corpos empilhados me lembraram o genocídio em Ruanda, este sim pior ainda por que foi obra do homem. E nao deixa de ser uma reacao do Planeta contra a falta de acao dos governantes em Copenhagen contra as mudancas climáticas. A ganância do homem, como sempre, falou mais alto. E o resto que se dane, inclusive a própria Terra.
Nao sei o que dizer a nao ser pedir para que os países ricos ajudem a aliviar o sofrimento das vítimas. Farei a minha parte depositando $$$ numa conta de ajuda humanitária aqui na Alemanha. O auxílio aos desabrigados e vítimas está acontecendo da maneira correta, pelo menos por enquanto.
As fotos foram tiradas da galeria de imagens do Boston Globe.
(JUAN BARRETO/AFP/Getty Images)
(Logan Abassi/MINUSTAH via Getty Images)
* As doações da Caixa serão encaminhadas à Coordenação de Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Escritório das Nações Unidas.
Atualizando - Existem várias contas disponíveis para doacoes:
Embaixada do Haiti no Brasil
Banco do Brasil
Agência 1606-3
Conta corrente 91.000-7
CNPJ 04170237/0001-71
Cruz Vermelha
HSBC
Agência 1276
Conta corrente 14526-84
CNPJ é 04359688/0001-51
Viva Rio
Banco do Brasil
Agência 1769-8
Conta corrente 5113-6
CNPJ 00343941/0001-28
Care Internacional Brasil
Banco Real-Santander
Agência 0373
Conta corrente 5756365-0
CNPJ 04180646/0001-59
Pastoral da Criança
HSBC
Agência 0058
Conta Corrente 12.345-53
CNPJ 00.975.471/0001-15
Caixa Econômica Federal*
Agência 0647
Conta corrente 3.600-1
CNPJ 00.360.305
Banco do Brasil
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Cruz Vermelha
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CNPJ é 04359688/0001-51
Viva Rio
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CNPJ 00343941/0001-28
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CNPJ 04180646/0001-59
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Conta Corrente 12.345-53
CNPJ 00.975.471/0001-15
Caixa Econômica Federal*
Agência 0647
Conta corrente 3.600-1
CNPJ 00.360.305
* As doações da Caixa serão encaminhadas à Coordenação de Assistência Humanitária (Ocha, na sigla em inglês) pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Escritório das Nações Unidas.
Monday, January 11, 2010
Beatles em Quadrinhos
Düsseldorf (preciso ir dormir)
Ainda na onda de NYC, assisti ontem Imagine pela primeira vez. O documentário feito em 1988 (ou 86) mostrando a Vida do Beatle mais influente e líder da banda, John Lennon. Já em New York, mostra o edifício Dakota em frente ao Central Park onde John e a mala-sem-alca da Yoko viveram. Foi ali que ele foi assassinado em 1980. A Sra. Ono influenciava John de todas as formas. Ele ficou obscecado e meio viciado na mulher. Dava entrevistas explicando por que havia casado com uma mulher tao feia e esquisita e deu uma sumida por uns tempos quando o filho Sean nasceu. Depois voltou arrebentando, gravando novas músicas e fazendo o show antológico no Madison Square Garden, também em NYC.
Hoje existe um memorial chamado Strawberry Fields ali em frente ao Dakota. Foi feito pela viúva japonesa com doacoes de fans do mundo inteiro. É só pegar um hot dog de 2 dólares, vulgo doguinho, esperar a horda de turistas tirar fotos com uma maca verde, e ir lá fazer a sua chapa.
Por sorte, achei esses quadrinhos dos Fab Four nesse artigo aqui numa edicao especial da Marvel de 1978. Dizem que está disponível apenas na web e em alguns seletos sebos. Pra ver os quadrinhos na íntegra, é só clicar aqui.
Ainda na onda de NYC, assisti ontem Imagine pela primeira vez. O documentário feito em 1988 (ou 86) mostrando a Vida do Beatle mais influente e líder da banda, John Lennon. Já em New York, mostra o edifício Dakota em frente ao Central Park onde John e a mala-sem-alca da Yoko viveram. Foi ali que ele foi assassinado em 1980. A Sra. Ono influenciava John de todas as formas. Ele ficou obscecado e meio viciado na mulher. Dava entrevistas explicando por que havia casado com uma mulher tao feia e esquisita e deu uma sumida por uns tempos quando o filho Sean nasceu. Depois voltou arrebentando, gravando novas músicas e fazendo o show antológico no Madison Square Garden, também em NYC.
Hoje existe um memorial chamado Strawberry Fields ali em frente ao Dakota. Foi feito pela viúva japonesa com doacoes de fans do mundo inteiro. É só pegar um hot dog de 2 dólares, vulgo doguinho, esperar a horda de turistas tirar fotos com uma maca verde, e ir lá fazer a sua chapa.
Por sorte, achei esses quadrinhos dos Fab Four nesse artigo aqui numa edicao especial da Marvel de 1978. Dizem que está disponível apenas na web e em alguns seletos sebos. Pra ver os quadrinhos na íntegra, é só clicar aqui.
Sunday, January 10, 2010
Loucos somos nós
Düsseldorf (tudo branco lá fora)
Você já é um aventureiro nas duas e três rodas com aventuras pelos vários cantos do Mundo. Tem três filhas vindas de três casamentos. Nasceu e cresceu em Paris, morou em L.A. e depois New York. E de repente recebe a notícia que tem câncer na garganta e precisa ser operado. Suas chances de sobrevivência sao de 90%. O que você faria?!
Dez anos após a operacao bem sucedida, o aventureiro e maluco profissional Hubert Kriegel resolve fazer uma viagem de dez anos ao redor do Mundo. Comecou em New York dia 16 de Fevereiro de 2005 às 6:04 da matina e entrou agora no quinto ano, chegando na Mongólia. O site do doidao conta as histórias e mostra belas fotos.
De NYC ele vai até o Círculo Ártico pelo Alaska, depois Franca, Suica, Espanha e Ilhas Jersey no Canal da Mancha. Deve ter ido visitar uma das filhas. Pra quem nao tem nada pra fazer num domingo congelado, é uma ótima pedida.
E quem é o maluco?! Ele ou nós que nunca fizemos nada parecido?!
A dica foi do Youssef que contou pro Don Gomes e este sim me disse pra conferir o site do Kriegel.
Você já é um aventureiro nas duas e três rodas com aventuras pelos vários cantos do Mundo. Tem três filhas vindas de três casamentos. Nasceu e cresceu em Paris, morou em L.A. e depois New York. E de repente recebe a notícia que tem câncer na garganta e precisa ser operado. Suas chances de sobrevivência sao de 90%. O que você faria?!
Dez anos após a operacao bem sucedida, o aventureiro e maluco profissional Hubert Kriegel resolve fazer uma viagem de dez anos ao redor do Mundo. Comecou em New York dia 16 de Fevereiro de 2005 às 6:04 da matina e entrou agora no quinto ano, chegando na Mongólia. O site do doidao conta as histórias e mostra belas fotos.
De NYC ele vai até o Círculo Ártico pelo Alaska, depois Franca, Suica, Espanha e Ilhas Jersey no Canal da Mancha. Deve ter ido visitar uma das filhas. Pra quem nao tem nada pra fazer num domingo congelado, é uma ótima pedida.
E quem é o maluco?! Ele ou nós que nunca fizemos nada parecido?!
A dica foi do Youssef que contou pro Don Gomes e este sim me disse pra conferir o site do Kriegel.
Friday, January 08, 2010
Kimi vai fazer falta
Düsseldorf (comendo biscoitos finos novaiorquinos)
Tenho tanta coisa pra escrever sobre New York que vou comecar amanha e falar de rally. Vi o link da entrevista que o finlandês deu para o Red Bulletin no Blog GP.
Entre outras pérolas, Kimi, que falou muito dessa vez, disse que preferiu a Ferrari desse ano do que a do ano passado. Diz que uma das coisas mais eletrizantes pra se fazer é andar de snowmobile com amigos ou entao motocross.
Conta que na Formula 1 todas as voltas numa corrida sao mais ou menos iguais, mas no rally cada curva é de um jeito. Sebastién Loeb é sua reverência, mas acha que ficará distante dos top 4 esse ano. E outro Sebastian, o Vettel, é o piloto de quem ele gosta e aposta pra conquistar o título desse ano.
Acho que ele nao volta mais pra F1. Sua personalidade, sinceridade, estilo baladeiro e nem aí pro Mundo nao combinam com a babaquice do marketing e celebridades que rondam a principal categoria do automobilismo. Rumores dizem que a Red Bull o levou pra equipe junior no rally apenas esse ano garantindo sua volta em 2011, vulgo ano que vem, no lugar de Mark Webber. A ver.
Ele vai se dar bem e gostar de andar na terra, asfalto e neve. Mas vai gostar mais ainda do ambiente descontraído e sem frescuras do rally. Um esporte ganha e o outro perde.
Quem sabe ele muda a carranca esse ano.
Tenho tanta coisa pra escrever sobre New York que vou comecar amanha e falar de rally. Vi o link da entrevista que o finlandês deu para o Red Bulletin no Blog GP.
Entre outras pérolas, Kimi, que falou muito dessa vez, disse que preferiu a Ferrari desse ano do que a do ano passado. Diz que uma das coisas mais eletrizantes pra se fazer é andar de snowmobile com amigos ou entao motocross.
Conta que na Formula 1 todas as voltas numa corrida sao mais ou menos iguais, mas no rally cada curva é de um jeito. Sebastién Loeb é sua reverência, mas acha que ficará distante dos top 4 esse ano. E outro Sebastian, o Vettel, é o piloto de quem ele gosta e aposta pra conquistar o título desse ano.
Acho que ele nao volta mais pra F1. Sua personalidade, sinceridade, estilo baladeiro e nem aí pro Mundo nao combinam com a babaquice do marketing e celebridades que rondam a principal categoria do automobilismo. Rumores dizem que a Red Bull o levou pra equipe junior no rally apenas esse ano garantindo sua volta em 2011, vulgo ano que vem, no lugar de Mark Webber. A ver.
Ele vai se dar bem e gostar de andar na terra, asfalto e neve. Mas vai gostar mais ainda do ambiente descontraído e sem frescuras do rally. Um esporte ganha e o outro perde.
Quem sabe ele muda a carranca esse ano.
Wednesday, January 06, 2010
Capital do Mundo
New York, NY (amanha vou embora dessa terra de doidos)
Esse post eh so pra marcar o espaco. Tera varias continuacoes. A viagem foi excelente, fizemos tudo que queriamos, gastamos uma nota preta, mas eh pra isso que se trabalha.
No mais eh isso ai. Ainda falta ver a estatua francesa que eh pequena, mas o marketing americano sempre a fez ficar gigante e se tornar o simbolo da liberdade... e do capitalismo, por que nao.
Nos vemos na gelida Alemanha. Isso aqui foi verao, por mais incrivel que pareca.
Esse post eh so pra marcar o espaco. Tera varias continuacoes. A viagem foi excelente, fizemos tudo que queriamos, gastamos uma nota preta, mas eh pra isso que se trabalha.
No mais eh isso ai. Ainda falta ver a estatua francesa que eh pequena, mas o marketing americano sempre a fez ficar gigante e se tornar o simbolo da liberdade... e do capitalismo, por que nao.
Nos vemos na gelida Alemanha. Isso aqui foi verao, por mais incrivel que pareca.
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