Vienna (câncer é a pior doenca da Humanidade)
Há algum tempo, coisa de uns dois anos, venho jogando futebol aqui em Viena num time cuja maioria é composta de advogados. Nao por acaso, o nome do time e FC Insolvenz cuja traducao é Faléncia FC. Nada mais apropriado já que grande parte dos distintos jogadores sao magistrados, promotores, funcionários públicos e até mesmo juizes.
Günne era um dos jogadores. Nao sei se era advogado. Nos encontramos algumas vezes, umas cinco ou seis, talvez. Jogamos juntos apenas nas peladas de quarta a noite no Prater, sempre entre 20:30 e 22h com direito a resenha, ducha e cerveja no restaurante do clube esportivo.
Um cara sorridente, feliz e de bem com a Vida. Enérgico em campo sempre cobrando o time a cobrir os espacos, marcar, voltar e partir pra cima quando de posse da bola. Um belo dia soube que ele nao viria mais jogar. Descobriu um câncer no estômago e comecou o tratamento com quimioterapia. Ficou fraco, magro e nao pode mais jogar bola com a gente.
Sempre aparecia nos torneios pra rever a turma e incentivar o time. Dava orientacoes da beirada do gramado como um verdadeiro técnico. Xingava quem fazia corpo mole e elogiava as jogadas vigorosas e os lances de raca e vontade. Teve até um quiprocó com um juiz num jogo do torneio IT & Law em setembro passado, a última vez que o vi. Bateu boca com o juizao parrudo movido a salsichao e chucrute e nao baixou a guarda até a distinta autoridade pedir para ele se calar ou sair do recinto, no caso um conjunto de campos de futebol com grama sintética atrás da ONU em Vienna. Günne resolveu ficar quieto, a contragosto.
Faleceu ontem vítima de câncer, essa famigerada doenca que age silenciosamente. Quando assustamos, já dominou o organismo do sujeito disparando a contagem regressiva do relógio da Vida. Günne deixa esposa e duas filhas. Seu relógio zerou ontem.
Há algum tempo, coisa de uns dois anos, venho jogando futebol aqui em Viena num time cuja maioria é composta de advogados. Nao por acaso, o nome do time e FC Insolvenz cuja traducao é Faléncia FC. Nada mais apropriado já que grande parte dos distintos jogadores sao magistrados, promotores, funcionários públicos e até mesmo juizes.
Günne era um dos jogadores. Nao sei se era advogado. Nos encontramos algumas vezes, umas cinco ou seis, talvez. Jogamos juntos apenas nas peladas de quarta a noite no Prater, sempre entre 20:30 e 22h com direito a resenha, ducha e cerveja no restaurante do clube esportivo.
Um cara sorridente, feliz e de bem com a Vida. Enérgico em campo sempre cobrando o time a cobrir os espacos, marcar, voltar e partir pra cima quando de posse da bola. Um belo dia soube que ele nao viria mais jogar. Descobriu um câncer no estômago e comecou o tratamento com quimioterapia. Ficou fraco, magro e nao pode mais jogar bola com a gente.
Sempre aparecia nos torneios pra rever a turma e incentivar o time. Dava orientacoes da beirada do gramado como um verdadeiro técnico. Xingava quem fazia corpo mole e elogiava as jogadas vigorosas e os lances de raca e vontade. Teve até um quiprocó com um juiz num jogo do torneio IT & Law em setembro passado, a última vez que o vi. Bateu boca com o juizao parrudo movido a salsichao e chucrute e nao baixou a guarda até a distinta autoridade pedir para ele se calar ou sair do recinto, no caso um conjunto de campos de futebol com grama sintética atrás da ONU em Vienna. Günne resolveu ficar quieto, a contragosto.
Faleceu ontem vítima de câncer, essa famigerada doenca que age silenciosamente. Quando assustamos, já dominou o organismo do sujeito disparando a contagem regressiva do relógio da Vida. Günne deixa esposa e duas filhas. Seu relógio zerou ontem.
1 comment:
Triste
Já vivi isso e sobrevivi.
Descanse em paz.
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