Monday, May 11, 2020

Escolhendo um livro pra ler

Viena (hoje é preto na folhinha)

Quando pego um livro pra ler ou avaliar se ele merece meu tempo gosto de manuseá-lo demoradamente observando cada detalhe da obra. Agora, por exemplo, tenho em maos "A Farewell to Arms" do Hemingway impresso pela novaiorquina Scribner, muito prazer.

Uma belíssima capa com a figura de uma enfermeira e no fundo um rapaz. Ele é o motorista de ambulância americano que se apaixona pela inglesa, a figura em primeiro plano. Na contra capa uma sinopse do livro seguida por breve biografia do autor que ganhou o Pulitzer em 1953 e o Nobel de
Literatura no ano seguinte. Apenas isso!





Ernest tinha 30 anos quando escreveu este clássico que é um dos romances mais marcantes passados na Primeira Guerra Mundial. Ele mesmo foi motorista de ambulância nessa guerra e era jornalista, entao é de se esperar vários trechos autobiográficos. Para comparar, aos 30 anos eu chegava em Viena pra comecar meu Doutorado. Nunca escrevi nem irei escrever nada perto de "A Farewell to Arms".

O Copywright é de 1929, portanto, Hemingway escreveu o livro enquanto vivia na comunidade de expatriados em Paris nos anos 1920. Frequentava o Le Deux Maggots em Saint Germain por onde flanava com outros escritores, artistas e intelectuais. Talvez vivesse em Montmartre com outros bambas, entre eles Picasso.

Seguindo o exame do livro, vejo o número total de páginas, leio o primeiro parágrafo e dou uma olhada no final pra ver como escritores famosos como Ernest terminam um livro. Geralmente isso é suficiente pra me convencer a ler o bendito. Às vezes procuro uma critica, mas nesse caso é desnecessário.

E vamos a leitura de mais um clássico.

1 comment:

Anonymous said...

Gostei. Trutão aos poucos voltando as origens. Talvez no tempo. Parabéns, mais um artigo sem politica.