Yalova (segundo post do ano em novembro...)
(Antes de comecar, um parêntese. Por que escrevi tao pouco esse ano?! Nao encontrei respostas aceitáveis. Já deveria ter se tornado um hábito na minha Vida. Se nao diário, pelo menos semanal. Teriam sido 52 postagens em um ano. Tá bom demais. Ano passado foram apenas 5 vezes que passei por aqui. Em 2017, míseras duas. Em 2016 foram 8 e em 2015 pífios 3 posts!!! Isso sao só 18 artigos. Em 2010 foram 221 posts!!! Um recorde turbinado pela Copa de 2010 e o Repórter Truta, mas mesmo assim. Um número de respeito. Vamos tentar recomecar essa história.)
Estou seco numa cerveja. Fazem dois dias que nao bebo. Será que sou alcoólatra?! Ou os turcos uns desnaturados?! É a primeira vez que algo desse tipo me acontece na Turquia. Sempre achei uma Efes aqui ou uma Bomonte ali, essa cerveja tem uma garrafa bacana, marrom, com o rótulo branco impresso direto no vidro. Como se fosse pintado. Um luxo. Ontem nao tinha arco no restaurante e nao perguntei no hotel pois estava tarde. Hoje repetimos a dose. Nada de arco no restaurante, mas imaginei que no hotel nao seria problema. Negativo! "Nao servimos álcool, senhor", me disse em bom alemao o jovem da recepcao. "Por que nao", respondi visivelmente alterado. "Conceito do hotel". Quase gritei um "ESPELUNCA" na orelha dele, mas nao sei como é essa palavra em alemao. Muito menos em turco. ESPELUNKEN!!!
Os turcos adoram comer. Nao somente os Kebabs da Vida, talvez o prato típico mais famoso do país. Na verdade, kebab é tudo que vai na grelha. Qualquer carne grelhada é kebab. Nos acostumamos, pelo menos aqui na Europa, a ver aqueles rolos imensos de carne de cordeiro, frango ou uma mistureba qualquer rodando na vertical enquanto a brasa das resistências queima e assa lentamente nosso almoco ou lanche noturno. Comi muito kebab nos fins de noite em Viena. Sao os equivalentes ao Komilao, Breik Breik e Renato Burguers (pra quem é de BH). Aquele pao turco, carne fatiada, salada, molhos, pimenta, sal e outra cerveja. Perfeito pra acordar zerado no dia seguinte.
Digo que os turcos gostam de comer devido ao grande número de restaurantes encontrados em qualquer cidade. Hoje mesmo ao passar pelo centro de Yalova, cidade próxima a Gebze ao sudoeste de Istanbul, vi algumas ruas paralelas entre si somente de restaurantes. E nao estavam vazios. Fora as lanchonetes e mercadinhos sempre abertos até tarde da noite onde se pode sempre fazer uma boquinha.
Outra comida típica é o Iskender, nome esse que em turco é Alexander, o Grande. A cidade Alexandria só existe por sua causa e a equivalente Iskenderun no sul da Turquia próxima a Síria também. Alexandre nao era fácil e circulou livremente por essas bandas durante bons anos. Voltando ao prato típico, o Iskender é um pao assado coberto por finas lâminas de carne de cordeiro, molho de tomate e, pasmem, iogurte. Os turcos almocam quase sempre com uma porcao de iogurte ao lado. Ainda saberei de onde veio essa mania.
Bebem bastante chá também, a qual chamam de Chei. Aliás, essa palavra é meio universal. Se você for ao Iran, algum país asiático ou no Egito e pedir Chei todo mundo entende. Senti falta de um bom café turco, aquele cozido com o pó. Quando servido, geralmente já com acúcar na própria água como nós brasileiros, espera-se o pó decantar para depois comecar a beber. Se beber o pó junto é como comer areia. Marinheiros de primeira viagem sempre cometem esse vacilo.
E tem os doces turcos, umas maravilhas. Kunefe e baclava sao meus favoritos. Ambos feitos com massa folheada, pistache salpicado e um mel meio diferente do nosso. Em boas confeitarias ou cafeterias do ramo sao iguarias únicas e altamente recomendadas. Também nao vi nenhuma até agora, nesses dois dias de périplo pela Ásia Menor. Desconfio que essa viagem, gastronomicamente falando, está sendo um fiasco.
Profissionalmente, nem tanto assim. Bem, nosso cicerone é o Umut, engenheiro que trabalha para o nosso agente. Fala um inglês rudimentar, coitado, e pra piorar é gago. Uma gagueira leve acentuada pelo nervosismo ao tentar falar inglês. Tento nao pressionar justamente pra ajudá-lo, mas tem hora que fica difícil entender frases simples que ele tenta falar. Mandei na lata "Umut, you need to improve your English", e ele respondeu prontamente sem gaguejar "I know".
Amanha visitarei uma das maiores aciarias elétricas do mundo. Os cabras tem um forno elétrico de 320 toneladas de capacidade. De lá para o novíssimo aeroporto internacional de Istanbul é um pulo. Quem sabe ali poderei beber minha cerveja e beber um bom café?!
(Antes de comecar, um parêntese. Por que escrevi tao pouco esse ano?! Nao encontrei respostas aceitáveis. Já deveria ter se tornado um hábito na minha Vida. Se nao diário, pelo menos semanal. Teriam sido 52 postagens em um ano. Tá bom demais. Ano passado foram apenas 5 vezes que passei por aqui. Em 2017, míseras duas. Em 2016 foram 8 e em 2015 pífios 3 posts!!! Isso sao só 18 artigos. Em 2010 foram 221 posts!!! Um recorde turbinado pela Copa de 2010 e o Repórter Truta, mas mesmo assim. Um número de respeito. Vamos tentar recomecar essa história.)
Estou seco numa cerveja. Fazem dois dias que nao bebo. Será que sou alcoólatra?! Ou os turcos uns desnaturados?! É a primeira vez que algo desse tipo me acontece na Turquia. Sempre achei uma Efes aqui ou uma Bomonte ali, essa cerveja tem uma garrafa bacana, marrom, com o rótulo branco impresso direto no vidro. Como se fosse pintado. Um luxo. Ontem nao tinha arco no restaurante e nao perguntei no hotel pois estava tarde. Hoje repetimos a dose. Nada de arco no restaurante, mas imaginei que no hotel nao seria problema. Negativo! "Nao servimos álcool, senhor", me disse em bom alemao o jovem da recepcao. "Por que nao", respondi visivelmente alterado. "Conceito do hotel". Quase gritei um "ESPELUNCA" na orelha dele, mas nao sei como é essa palavra em alemao. Muito menos em turco. ESPELUNKEN!!!
Os turcos adoram comer. Nao somente os Kebabs da Vida, talvez o prato típico mais famoso do país. Na verdade, kebab é tudo que vai na grelha. Qualquer carne grelhada é kebab. Nos acostumamos, pelo menos aqui na Europa, a ver aqueles rolos imensos de carne de cordeiro, frango ou uma mistureba qualquer rodando na vertical enquanto a brasa das resistências queima e assa lentamente nosso almoco ou lanche noturno. Comi muito kebab nos fins de noite em Viena. Sao os equivalentes ao Komilao, Breik Breik e Renato Burguers (pra quem é de BH). Aquele pao turco, carne fatiada, salada, molhos, pimenta, sal e outra cerveja. Perfeito pra acordar zerado no dia seguinte.
Digo que os turcos gostam de comer devido ao grande número de restaurantes encontrados em qualquer cidade. Hoje mesmo ao passar pelo centro de Yalova, cidade próxima a Gebze ao sudoeste de Istanbul, vi algumas ruas paralelas entre si somente de restaurantes. E nao estavam vazios. Fora as lanchonetes e mercadinhos sempre abertos até tarde da noite onde se pode sempre fazer uma boquinha.
Outra comida típica é o Iskender, nome esse que em turco é Alexander, o Grande. A cidade Alexandria só existe por sua causa e a equivalente Iskenderun no sul da Turquia próxima a Síria também. Alexandre nao era fácil e circulou livremente por essas bandas durante bons anos. Voltando ao prato típico, o Iskender é um pao assado coberto por finas lâminas de carne de cordeiro, molho de tomate e, pasmem, iogurte. Os turcos almocam quase sempre com uma porcao de iogurte ao lado. Ainda saberei de onde veio essa mania.
Bebem bastante chá também, a qual chamam de Chei. Aliás, essa palavra é meio universal. Se você for ao Iran, algum país asiático ou no Egito e pedir Chei todo mundo entende. Senti falta de um bom café turco, aquele cozido com o pó. Quando servido, geralmente já com acúcar na própria água como nós brasileiros, espera-se o pó decantar para depois comecar a beber. Se beber o pó junto é como comer areia. Marinheiros de primeira viagem sempre cometem esse vacilo.
E tem os doces turcos, umas maravilhas. Kunefe e baclava sao meus favoritos. Ambos feitos com massa folheada, pistache salpicado e um mel meio diferente do nosso. Em boas confeitarias ou cafeterias do ramo sao iguarias únicas e altamente recomendadas. Também nao vi nenhuma até agora, nesses dois dias de périplo pela Ásia Menor. Desconfio que essa viagem, gastronomicamente falando, está sendo um fiasco.
Profissionalmente, nem tanto assim. Bem, nosso cicerone é o Umut, engenheiro que trabalha para o nosso agente. Fala um inglês rudimentar, coitado, e pra piorar é gago. Uma gagueira leve acentuada pelo nervosismo ao tentar falar inglês. Tento nao pressionar justamente pra ajudá-lo, mas tem hora que fica difícil entender frases simples que ele tenta falar. Mandei na lata "Umut, you need to improve your English", e ele respondeu prontamente sem gaguejar "I know".
Amanha visitarei uma das maiores aciarias elétricas do mundo. Os cabras tem um forno elétrico de 320 toneladas de capacidade. De lá para o novíssimo aeroporto internacional de Istanbul é um pulo. Quem sabe ali poderei beber minha cerveja e beber um bom café?!
2 comments:
hahaahahah, TOP, TOpper, TOpissimo
Umut é o cara
Espelunken é a palavra.
Turquia sem cerveja é uma merda.
só agora vi seu comentário. meu único leitor.
Post a Comment