Wednesday, March 31, 2010

Radio Truta 2

Düsseldorf (dormir pra que?!)

EXTRA, EXTRA: Erykah Badu tira a roupa no mesmo local onde Kennedy foi assassinado.

Nao entendeu nada?! Veja o video e depois clique aqui.

E boa noite Mundo.

Radio Truta

Düsseldorf (a todo vapor amanha)

Uma das minhas bandas favoritas. Preciso ir em um show deles urgentemente. Essa é do álbum novo que saiu outro dia chamado Before the Frost...

Tuesday, March 30, 2010

Armando e a Massa

Düsseldorf ("Se Pelé nao tivesse nascido gente, teria nascido bola")

O Brasil e o Mundo perderam hoje um de seus maiores e melhores jornalistas. Um ser humano delicado, inteligente, sútil e sedutor. Em homenagem a ele deixo aqui um texto sobre uma torcida incomparável, inigualável, inimitável e inalcancável.

Vai com Deus, Armando!

A MASSA
Armando Nogueira

Torcidas, haverá as mais numerosas (Flamengo) ou mais conhecidas por sua grandeza (Corinthians), mas nenhum séqüito futebolístico brasileiro se compara ao do Clube Atlético Mineiro em mística apaixonada, em anedotário heróico, em poesia acumulada ao longo dos anos.

"A Massa", como é simplesmente conhecida em Minas Gerais, compartilha com a torcida corinthiana ("A Fiel") a honra de deixar-se conhecer com um substantivo ou adjetivo comum transformado em nome próprio, inconfundível.

A Fiel, A Massa: poucas outras torcidas terão realizado tal operação de mutação de um nome comum em nome próprio.

Muito distintas são, no entanto, as torcidas dos alvi-negros paulistano e belo-horizontino: quem já vestiu a camisa do time do Parque de São Jorge sabe que a Fiel é fiel em sua paixão, não em seu apoio. Na derrota, a Fiel é implacável; não desaparece, como a torcida do Cruzeiro. Está sempre lá.

Mas é capaz de crucificar com um pequeno manifestar-se de sua raiva. Na vitória, cobra cada vez mais, e reinstala aí sua insatisfação, cuja raiz quiçá esteja no mal-resolvido trauma dos 23 anos sem título, e do grande pesadelo de duas décadas chamado Pelé. A Fiel é fiel, e sempre o foi, mas sua fidelidade se nutre de um descompasso entre a alma do torcedor e a alma do time.

No caso do atleticano, a alma do time não é senão a alma da torcida.

Toda a mística da camisa, das vitórias sobre times tecnicamente superiores (e também das derrotas trágicas e traumáticas), emana da épica, das legendárias histórias que nutre sua apaixonada torcida: nem o Urubu, nem o Porco, nem o Peixe, nem a Raposa, nem o Leão, nem nenhum animal mascote se confunde com o nome do time, com sua identidade, com sua alma mesma, como o Galo com o Atlético Mineiro. E Galo é o nome da torcida (GA-LO), bissílabo cantável e entoável como grito de guerra que ela eternizou ao encarnar em si o espírito do animal. Nenhum outro time é conhecido por tantas vitórias improváveis só conquistadas porque a massa empurrou.

"Quem possui uma torcida como esta, é praticamente impossível de ser derrotado em casa" (Telê Santana).

Pelos idos de 69 ou 70, o timaço do Cruzeiro já tetra ou pentacampeão entrava em campo mais uma vez e parecia que de novo ia humilhar o Atlético, que já amargava o quinto aniversário do Mineirão sem nenhum título estadual. A superioridade técnica de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Raul, Piazza e cia. era simplesmente incontestável. Mesmo naquele clássico durante vacas tão magras, a massa atleticana era, como sempre foi, maioria no Mineirão. Impotente, ela viu Dirceu Lopes abrir o placar e o time do Cruzeiro massacrar o Galo durante 45 minutos. No intervalo, a Massa que cantava o hino do Atlético foi inflamada por um recado de Dadá Maravilha pelo rádio: "Carro não anda sem combustível".

A fanática multidão encheu-se de brios, fez barulho como nunca, entoou o grito de guerra como nunca, encurralou sonoramente a torcida cruzeirense, e o time do Atlético infinitamente inferior, liderado pelo artilheiro Dario e pelo seu grande goleiro (como é da tradição atleticana) Mazurkiewcz - virou o placar para 2 x 1 sobre o escrete azul, e abriu caminho para a reconquista da hegemonia em Minas, selada com o título estadual de 70 e o Brasileiro de 71. Nenhum dos jogadores atleticanos presentes nessa vitória jamais se esqueceu da energia que emanava das arquibancadas, e que literalmente ganhou o jogo.

Também as derrotas tradicionalmente contribuíram para a mística e paixão atleticana: como em 1998, quando o visitante Corinthians trouxe ao Mineirão sua máquina que se preparava para ser bicampeã brasileira e campeã mundial. O Galo se recuperava no Campeonato Brasileiro, vinha de uma vitória sobre o Grêmio no Olímpico, e a Massa mais uma vez lotou o estádio. Com seu toque de bola, o Corinthians envolveu o time atleticano, e no meio do segundo tempo já aplicava impiedosos 5 x 0, enquanto tocava a bola, colocava os atleticanos na roda e esperava o fim do jogo. Vendo seu time humilhado por um adversário superior dentro de seu próprio terreiro, massa se levantou, e cantou durante mais de 10 minutos o belo hino, mais alto e com mais amor que nunca. Nenhum jogador presente se esqueceu, e um ano depois o Galo devolveria ao Corinthians os 5 x 1 do Mineirão, com sonoros 4 x 0 no Maracanã.

Como no silêncio sepulcral que envolveu o Mineirão em março de 1977, quando a grande equipe atleticana de Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro, João Leite e Marcelo perdeu nos pênaltis o título que todos já consideravam seu, incluindo-se, às vezes parece, os próprios adversários são-paulinos. O time do Atlético, mesmo jogando sem Reinaldo, injustamente suspenso, foi empurrado pela torcida, mostrou-se muito superior ao do São Paulo, como havia feito durante todo o campeonato em que acumulou 17 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota, encurralou o adversário durante 120 minutos, mas o gol não saiu. O título é perdido nos pênaltis, mesmo depois de duas grandes defesas de João Leite em cobranças são-paulinas. Ângelo, um dos craques do jovem time atleticano, deixou a partida pisoteado por Chicão, e nunca mais seria o mesmo.

O Galo, base da seleção brasileira de Osvaldo Brandão, sai de campo vice-campeão invicto, com os 11 jogadores abraçados, 10 pontos à frente do campeão, e a Massa recebe aí sua grande tarefa dos próximos anos: realizar o luto pelo enorme trauma. Começou a tarefa no domingo seguinte às 10 da manhã, levando legiões de bandeiras para uma amarga partida contra o Bahia no Mineirão.

Nenhuma outra derrota de um favorito no Brasileirão se revestiria de tanta mística apaixonada. A partir daí essa Massa acumularia 10 títulos mineiros em 12 anos, e uma seqüência de campanhas sensacionais no Brasileirão (o Atlético Mineiro é o time que mais pontos conquistou nos Campeonatos Brasileiros), interrompidas na final ou semifinal, em jogos fatídicos (Flamengo-80, Santos-83, Coritiba-85, Guarani-86, Flamengo-87, Corinthians-88).

A magia atleticana se encarnaria no seu torcedor mais famoso, Sempre, cujo nome real não se conhece, tal é força do apelido. Durante décadas, Sempre ocupou as arquibancadas do Independência e do Mineirão, com sua bandeira e seus ditos legendários. Nunca deixou de comparecer e nunca vaiou o time, embora chorasse nas derrotas. Foi dos primeiros a entoar o hino composto por Vicente Motta em 1969, e depois aprendido por milhões em todo o Brasil. Abria e fechava o clube diariamente, e participou de epopéias memoráveis da massa atleticana, como quando a multidão carregou no colo o artilheiro Ubaldo, pentacampeão mineiro de 1956, de sunga, ao longo dos 5,5 quilômetros que separam o estádio Independência da Praça Sete, ou como quando 20.000 atleticanos invadiram o Maracanã e empurraram o time à conquista do Primeiro Campeonato Brasileiro, em 1971, sobre o Botafogo de Jairzinho.

O Furacão de 70 sentiu seu peso de novo cinco anos mais tarde, na decisão do Mineiro de 76, quando a Massa, mesmo tendo comemorado só 1 dos últimos 11 campeonatos mineiros, tomou conta do Mineirão para empurrar uma turma de meninos de 18-21 anos (de nomes Reinaldo, Cerezo, Paulo Isidoro, Danival, Marcelo) a vitórias contundentes sobre o campeão da Libertadores.

Estava aberto o caminho para o hexacampeonato de 78-83.

"Se houver uma camisa alvi-negra pendurada no varal num dia de tempestade, o atleticano torce contra o vento". O achado do cronista Roberto Drummond resume a mitologia do Galo: contra fenômenos naturais, contra todas as possibilidades, contra forças maiores, a torcida atleticana passa por radical metamorfose e se supera. Superou-se tantas vezes que já não duvida de nada, e cada superação reforça ainda mais a mística, como uma bola de neve da paixão futebolística.

Nenhum atleticano hesitaria em apostar na capacidade da Massa de transformar o impossível em possível a qualquer momento, de fazer parar aquela tempestade que açoita o pavilhão alvi-negro deixado solitário no varal.

Não surpreende, então, o sucesso que tiveram os jogadores uruguaios que atuaram no Atlético Mineiro, do grande Mazurkiewcz ao maior lateral-esquerdo da história do clube, Cincunegui. Se há uma mística de garra e amor à camisa que se compara à atleticana, é a da celeste, não mineira, mas uruguaia. Só à seleção uruguaia a pura paixão por um nome e um símbolo levou a tantas vitórias inacreditáveis, improváveis, espíritas, ou puramente heróicas. Em 1966, as duas camisas legendárias se encontraram, e o Galo derrotou o Uruguai duas vezes (26/04/66 - Atlético 3 x 2 Uruguai, 18/05/66 - Atlético 1 x 0 Uruguai).

Ao contrário das torcidas conhecidas por sua origem étnica (Palmeiras, Vasco), por sua origem social (Flamengo, Fluminense, Grêmio, São Paulo), ou por seu crescimento a partir de uma grande fase do time (Santos, Cruzeiro), qualquer menção da torcida do Atlético Mineiro evoca, invariavelmente, substância mesma que constitui o torcer. O amor ao time na vitória e na derrota, o apoio incondicional, a garra, a crença de que sempre é possível virar um resultado, o hino entoado unissonamente: a legião fanática que ama o Galo acima de tudo sabe que ser atleticano é unir-se num estado de espírito, compartilhar uma memória, e fazer da esperança uma permanente iminência.

A massa atleticana é a prova maior de que, mesmo em época de profissionalização total do futebol, e do negócio futebol, para o povo brasileiro este é acima de tudo paixão por uma cor, um nome, um símbolo, a memória de um instante que pode ser um gol, um campeonato, um abraço ou um beijo. Galo é o nome que mais radical e verdadeiramente expressa, para tantos milhões de brasileiros, o inexplicável dessa paixão.

O Galo é o único clube a ter vencido a Seleção Brasileira. E não foi qualquer uma. Ela entrou em campo com Felix, Carlos Alberto, Djalma Dias, Joel e Rildo (Everaldo); Piazza e Gérson (Rivelino); Jairzinho, Tostão Zé Maria), Pelé e Edu (Paulo César). O Galo venceu com Mussula, Humberto Monteiro, Grapete, Normandes (Zé Horta) e Cincunegui (Vantuir); Oldair e Amauri (Beto); Vaguinho, Laci, Dario e Tião (Caldeira).

 O Atlético-MG vestiu a camisa Amarela do Brasil em um amistoso
contra a Seleção da Iugoslávia no dia 19 de dezembro de 1968 e venceu por 3x2.

Monday, March 29, 2010

GP Australia 2010 => Corrida

Düsseldorf (PT ou BR?!)

Passei o final de semana em Luxa na casa do meu irmao, sócio do Mittal naquela aciarinhazinha que eles tem por ali. Nao deu tempo de escrever sobre a Austrália de lá. E chegando em casa, nao tinha internet. Me senti pelado, roubado, um inútil. Impressionante essa sensaçao de impotência virtual.

Melbourne foi palco de uma das melhores corridas dos últimos anos. Claro que a chuva teve papel fundamental para embaralhar as coisas no início, fazer Alonso tocar rodas com Button e levar o bico do Schumacher de lambuja. Além de causar o acidente impressionante do sushi-man Kobayashi levando junto o Nico da Williams e uma Toro Rosso.

Mas a grande sacada da corrida foi de Jenson Button. Arriscou a troca para slicks quanto a pista ainda estava molhada e se deu bem. Contou com um pouco de sorte e com o erro de estratégia da própria McLaren chamando Hamilton para uma segunda parada quanto ele era terceiro e vinha grudado no câmbio do polaco da Lada. Lewis fez uma das corridas "da Vida" como ele mesmo disse, mas poderia ter sido terceiro se nao fosse a parada extra. Mas desconfio que se ele nao tivesse pilotado agressivamente desgastando os pneus e querendo ganhar a corrida em poucas voltas seu resultado seria melhor.

Daily Mail, UK

Outro destaque foi Alonsito das Astúrias. Ficou em último na primeira volta, atrás até mesmo das Hispânias de Chandhok e Senna que nao esperaram por ele depois do enrosco com o inglês e o alemao. Depois disso, nao quis nem saber. Socou o pé e foi passando um a um até chegar em Massa. Pelo sim, pelo nao (ou pelo Montezemolo), resolveu nao arriscar a corrida da equipe e se contentou com o quarto. Se forcasse passaria, acho eu. Continua líder, mas agora com apenas 3 pontos de vantagem sobre Massa.

Felipe finalmente teve uma atuacao digna de seus anos Ferrari ontem em Melbourne. Deu uma escapada aqui e outra ali, foi um pouco prejudicado nos pits, mas se manteve na pista e num ritmo forte. Soube poupar pneus e combustíveis, aguentou a pseudo-pressao de Alonso no final, mas nao a de Hamilton e Webber no início. Azar o deles que ficaram pra trás no final. Tem seu melhor comeco de ano na carreira com um segundo e um terceiro lugares. Isso faz muita diferenca no final.

Kubica é outro que fez uma corridaca com o carro que tem. Foi agressivo na largada, assim com Massa diga-se, e manteve um ritmo forte o tempo inteiro. Suportou o assédio de Lewis e levou seu Renault-Lada até o fim chegando em segundo conseguindo o mesmo resultado que mereceu em 2009, nao fosse a lambanca feita por Vettel.

E por falar no alemaozinho, o novo prodígio da Formula 1 e queridinho da imprensa alema, de nada adianta ter o carro mais rápido se ele nao chega ao fim. No Bahrein foram as velas de ignicao do motor e agora os freios. Confiabilidade é a base para o sucesso. Ser rápido apenas nao adianta. Se Vettel nao ganhar na Malaysia a coisa vai comecar a ficar distante.

E Webber?! Ganhou o Troféu Estabanado 2010, impressionante. Como um piloto medíocre como ele pode pilotar um foguete como o RB6?! Kubica deve ficar indignado com isso.

Senninha e Di Grassi continuam seu calvário, mas ainda é cedo pra comecar a malhar. Equipes novas, curva de aprendizado, grana curta, etc.

Sexta agora já tem F1 de novo em Sepang. Meu palpite é Vettel de novo... pelo menos na pole, hehe.

Notícia Inútil

Düsseldorf (volta logo xuxuxuca)

Willi Chevalier é o nome da fera. Já tinha buço com 6 meses de idade. O bigode cresceu ao sete e a barba aos 11 e nao parou mais.

Ele foi o destaque no Campeonato Mundial de Barba Exótica na cidade bávara de Garmisch-Partenkirchen.

Quem mandou a notícia foi meu amigo e leitor nr. 1 Leo Kroc, que planeja subir nos picos mais altos do Brasil em breve.

Saturday, March 27, 2010

Vírgula

Luxa (lasanha vegetariana para os indianos)

Muito bacana a campanha da ABI, Associação Brasileira de Imprensa, que faz 100 anos.

Toda vez que vejo um manquitola na minha frente, essas pessoas que tem algum tipo de problema nas pernas, uma mais curta que a outra, sei lá, lembro do meu pai falando "lá vai o tá-fundo-tá-raso". Outro nome pra isso é ponto-e-vírgula em referência à perna curta que escapa ao dar o passo. Quanta crueldade...

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

GP Australia 2010 => Qualifying

Luxemburg (museu de arte moderna logo mais)

Nao falei nada sobre o GP do Bahrein de tao ruim que foi. Cochilei quase a corrida inteira e só acordei no final quando Vettel teve um problema nas velas do motor e entregou a vitória de bandeja para o Alonso. Massa e Hamiton vieram no vácuo e herdaram 2° e 3° posto, respectivamente.

Mas hoje em Albert Park o alemaozinho fez história novamente conseguindo a segunda pole na temporada e o recorde do circuito.

O herói local e leão de treino Mark Webber bem que tentou, mas nao conseguiu ser o mais rápido. Sai em segundo com Alonso em terceiro mostrando sua forca e deixando Massa mais uma vez pra trás em quinto. O brasileiro reclamou da aderência da barata. O atual campeão Button sai entre eles em quarto.

Depois vem as flechas de prata com Rosberg e Schumacher. O filho de Keke bateu o alemao mais uma vez. A guerra psicológica vem dando resultado. Nico, quando perguntado pela BBC sobre o treino, disse que nao estava satisfeito com seu desempenho. O repórter insistiu dizendo "mas você ficou na frente do Schumacher de novo" ele contou que o mais importante é extrair o máximo do carro, mas que estava feliz por estar na frente do alemao sim. Típica estratégia para irritar o Schummy como ele tanto fez no passado.

E Hamilton?! Depois de ter o carro apreendido ontem após as gracinhas em frente â polícia local, Lewis foi eliminado no Q2 e larga em 11°. Acho que a ausência do pai ali ao lado vêm tendo influência negativa no garoto. Papai Anthony esteve presente em simplesmente todas as corridas do rapaz que parece perder concentracão e terreno para Jenson.

Completando os dez primeiros, Rubinho, o polaco da Lada e Sutil. Lá atrás, o de sempre. Petrov foi eliminado junto com as três novatas e a Lotus mostra certa evolucão com Kova antes de Trulli. Lucas nao achou o acerto ideal e foi batido por Timo de novo, mas isso é esperado nesse início. E Senninha disse que o carro evoluiu e que cada corrida é um aprendizado.

Palpite para amanha: Vettel, Alonso, Schumacher.

Jim Marshall - February 3, 1936 ==> March 24, 2010

Grao Ducado de Luxemburgo (Leffe na veia, bitte)

Foi-se dessa para uma melhor o William Claxton do Rock, Jim Marshall. Vai encontrar sua turma em outras bandas, fotografar Jim, Janis, Jimi e John de novo.

Moro na Marschall Strasse... será coincidência?!

Monday, March 22, 2010

100 Filmes Essenciais da Bravo

Düsseldorf (varri a casa...)

A revista Bravo publicou há algum tempo atrás uma lista dos 100 filmes essenciais que todo cinéfilo que se preza deveria assistir. Afanei a revista do meu irmao Lucas em minha última visita à terrinha. A lista é um samba do crioulo doido feita para agradar a todos. Como isso é impossível, alguns absurdos aconteceram.

Por exemplo, nao tem um filme sequer do Tarkovsky, nem mesmo do Kieslowski, dois gênios do Cinema.

Melhor seria juntar a lista do Guardian com a do Carriers du Cinema com a do AFI (American Film Institute) e ver o que sai. O IMDB também tem um interessante Top 250, mas cheio de aberracoes pois leva em conta o gosto dos cinéfilos. Como por exemplo, Batman o Cavaleiro Fantasma na impressionante décima posicao.

E vamos à famigerada lista. Em asterisco os que já assisti, uma vergonha, só 30 filmes. Para resolver esse problema, baixei quase todos e comecarei a assistir o #100 hoje ainda, Lavoura Arcaica. O preferido nacional de muita gente, vamos ver.

Será que prometo uma crítica para cada um deles?! Melhor nao. Nunca cumprirei...

01. Cidadão Kane (1941), de Orson Welles
*02. O Poderoso Chefão (1972), de Francis Ford Coppola
03. Sindicato de Ladrões (1954), de Elia Kazan
*04. Um Corpo de Cai (1958), Alfred Hitchcock
*05. Casablanca (1942), de Michael Curtiz
06. Oito e Meio (1963), de Federico Fellini
*07. Lawrence da Arábia (1965), de David Lean
08. A Regra do Jogo (1939), de Jean Renoir
09. O Encouraçado Potemkin (1925), de Sergei Eisenstein
10. Rastros de Ódio (1956), de John Ford
*11. Cantando na Chuva (1956), de Gene Kelly e Stanley Donen
12. Crepúsculo dos Deuses (1950), de Billy Wilder
13. Persona (1966), de Ingmar Bergman
14. O Mensageiro do Diabo (1955), de Charles Laughton
15. 2001 – Uma Odisséia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick
16. Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa
17. O Leopardo (1963), de Luchino Visconti
*18. Taxi Driver (1976), de Martin Scorsese
19. Era uma Vez em Tóquio (1953), de Yasujiro Ozu
20. Fitzcarraldo (1982), de Werner Herzog
21. Acossado (1959), de Jean-Luc Godard
22. Jules e Jim (1962), de François Truffaut
23. O Conformista (1970), de Bernardo Bertolucci
*24. Em Busca do Ouro (1925), de Charles Chaplin
25. Metrópolis (1926), de Fritz Lang
26. O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman
27. A Aventura (1960), de Michelangelo Antonioni
28. Amarcord (1973), de Federico Fellini
29. Viridiana (1961), de Luis Buñuel
*30. Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), de Woody Allen
31. O Nascimento de uma Nação (1915), de D. W. Griffith
*32. Apocalypse Now (1979), de Francis Ford Coppola
33. Era uma Vez no Oeste (1968), de Sérgio Leone
34. Assim Caminha a Humanidade (1956), de George Stevens
*35. Psicose (1960), de Alfred Hitchcock
36. O Martírio de Joana D’Arc (1928)
*37. Touro Indomável (1980), de Martin Scorsese
38. Olympia (1938), de Leni Riefenstahl
39. O Falcão Maltês (1941), de John Huston
40. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha
*41. Dr. Fantástico (1964), de Stanley Kubrick
42. Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini
43. A Doce Vida (1960), de Federico Fellini
*44. Chinatown (1974), de Roman Polanski
45. A Felicidade Não se Compra (1946), de Frank Capra
*46. ...E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming
*47. Tempos Modernos (1936), de Charles Chaplin
48. A Um Passo da Eternidade (1953), de Fred Zinnermann
49. O Sacrifício (1986), de Andrei Tartovski
*50. Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick
51. A General (1927), de Buster Keaton
52. O Homem Elefante (1980), de David Lynch
*53. O Mágico de Oz (1939), de Victor Fleming
54. Querelle (1982), de Rainer Werner Fassbinder
55. A Primeira Noite de um Homem (1967), de Mike Nichols
56. Morte em Veneza (1971), de Luchino Visconti
57. A Última Sessão de Cinema (1971), de Peter Bogdanovich
*58. Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese
*59. Blade Runner – O Caçador de Andróides (1982), de Ridley Scott
60. A Malvada (1950), de Joseph L. Mankiewicz
61. Nosferatu (1922), de Friedrich W. Murnau
62. O Último Tango em Paris (1972), de Bernardo Bertolucci
63. Ladrões de Bicicleta (1948), de Vittorio de Sica
64. Asas do Desejo (1987), de Wim Wenders
*65. Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), de Quentin Tarantino
66. Repulsa ao Sexo (1965), de Roman Polanski
*67. Crimes e Pecados (1989), de Woody Allen
68. Uma Rua Chamada Pecado (1951), de Elia Kazan
69. Butch Cassidy e Sundance Kid (1969), de George Roy Hill
*70. Os Imperdoáveis (1992), de Clint Eastwood
71. Patton – Rebelde ou Herói? (1969), de Franklin J. Schaffner
72. Tudo Sobre Minha Mãe (1999), de Pedro Almodóvar
73. Um Lugar ao Sol (1951), de George Stevens
74. Um Estranho no Ninho (1975), de Milos Forman
75. Amor à Flor da Pele (2000), de Wong Kar-Wai
76. Hiroshima, Meu Amor (1959), de Alain Resnais
77. Kaos (1984), de Irmaõs Taviani
78. Brazil, O Filme (1985), de Terry Gilliam
79. Quanto Mais Quente Melhor (1956), de Billy Wilder
*80. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles
81. Os Homens Preferem as Loiras (1953), de Howard Hanks
82. Um Cão Andaluz (1928), Luis Buñuel
83. Los Angeles – Cidade Proibida (1997), de Curtis Hanson
*84. Pixote – A Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco
*85. Ben-Hur (1959), de William Wyler
*86. Fantasia (1940), de Walt Disney
*87. Sem Destino (1969), de Dennis Hopper e Peter Fonda
88. Dogville (2003), de Lars Von Trier
89. O Império dos Sentidos (1976), de Nagisa Oshima
90. Um Convidado Bem Trapalhão (1968), de Blake Edwards
*91. A Lista de Schindler (1993), de Steven Spielberg
*92. Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas
93. O Pântano (2000), de Lucrecia Martel
94. Cabaré (1972), de Bob Fosse
*95. Operação França (1971), de William Friedkin
96. King Kong (1933), de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack
97. As Invasões Bárbaras (2003), de Denys Arcand
*98. Fargo (1996), de Joel e Ethan Cohen
99. M.A.S.H. (1970), de Robert Altman
100. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho

Tempo

Düsseldorf (brodo capeletti)

O problema de nao ser jornalista ou escritor é sempre esse: Tempo, ou a falta dele. Sao tantos assuntos que tenho em mente para escrever que falta também foco em determinado assunto. Por exemplo, fotografia e fotógrafos famosos. Artistas como van Gogh e Picasso. Outro dia vi o filme Sede de Viver (Lust for Life) do Vincent Minelli, o pai da Lisa. É sobre o gênio e pintor holandês. Quem disse que achei espaco nas 24 horas pra contar sobre ele?! Tá, tudo bem, perco tempo com outras coisas como Formula 1, blogs (o do Flávio principalmente), o fórum de cinema Making Off, notícias em geral, emails, etc.

Ter Tempo é mais importante do que ter $$$.

O resultado dessa desculpa esfarrapada sao as listas infindáveis que faco. Outro dia tava fazendo uma lista das listas... é o fim do Mundo.

Falemos da Sétima Arte entao.

Ps. Acabo de achar esse site em alemao...

Saturday, March 20, 2010

Senna 50

Düsseldorf (loteria, camisas, dobrar roupas...)

Ayrton faria 50 anos amanha. Don Gomes vem fazendo uma homenagem em série a esse que foi um dos melhores pilotos de Formula 1 de todos os tempos. Eu sempre achei que ele foi o melhor de todos, pelo menos o melhor que já vi, mas hoje em dia essa distância para o segundo, Michael Schumacher, vem diminuindo. Os motivos eu explico outro dia.

A sensacional animacao abaixo mostra todos os carros pilotados por Senna até chegar na fatídica Williams . Imagina o trabalho que deu fazer isso?!

Friday, March 19, 2010

Radio Truta 2

Düsseldorf (Rock é tudo!)

Inspirado neste post aqui, jogo na mao de voces essa pérola do Rock.

Radio Truta

Düsseldorf (quase uma semana sem postar...)

Prometo dar uma turbinada no blog enquanto Ela trabalha e passeia pelos Trópicos. Merece estar lá e vai voltar em outro nível, tenho certeza.

Minha mega-ultra-super colecao de músicas em mp3 ganhou certo carinho ultimamente. Andei adicionando várias bandas ao meu iTunes e Cream foi uma delas.

Aproveitem pra curtir Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker tocando Crossroads e Badge, dois clássicos. Aqui a primeira na versao original. E aqui a segunda.



Sunday, March 07, 2010

Capota, mas nao breca

Düsseldorf (sol rachando a 2° C)

A aventura de Kimi Raikkonen pelo mundo do rally nao tem sido das mais fáceis. A velocidade ele já encontrou, ritmo de corrida também. Falta agora minimizar os erros e apurar a técnica nas diferentes condicoes enfrentadas no asfalto, terra, cascalho e neve Mundo afora.

Esse final de semana a turma está no México. Loeb lidera com folga, pra variar. O relato da prova aqui. E o resultado da etapa para o finlandês gente fina aí embaixo:

Friday, March 05, 2010

Mr. Concert

Essen (quando irei visitar SE Asia?!)

Quarta agora tivemos a honra de comemorar o aniversário de um amigo alemao numa tradicional cervejaria, a Schumacher. Nenhuma relacao com o piloto, mas o nome é mais que sugestivo. Imaginem um patrocínio desse tipo num carro de F1 ou no boné do Schummy.

Bem, na pequena mesa estava o seleto grupo de amigos. Ficamos lisonjeados por fazer parte, sinceramente. Na minha frente, sentou-se Peter. Meu xará inglê, mas morador da Alemanha há tempos que nem sei quantos. A conversa descambou para música, bandas, rock, jazz, novos estilos, etc. Peter nasceu e cresceu nos arredores de London e por ali circulou nos anos 60 e 70.

Comecei a perguntar quem ele tinha visto ao vivo. E foi soltando: Eric Clapton com e sem o Cream, Jeff Beck, Led Zeppelin, Pink Floyd várias vezes, Jethro Tull em início de carreira com um espalhafatoso Anderson, Black Sabbath, The Who, Stones, Beatles (sim, ele viu os caras), Queen, Dire Straits, Police e tantos outros. Sempre em small clubs com centenas ou raros milhares de pessoas, no máximo. Disse que sempre detestou shows em grandes estádios pois você nao consegue ouvir o som direito, nao sente a vibracao da banda, nao percebe as performances em detalhes e normalmente está completamente bêbado e/ou drogado.

Mas Peter "cometeu" uma falha imperdoável em sua juventude londrina: nao viu Jimi Hendrix uma única vez. Se eu tivesse vivido nessa época em London, onde Jimi apareceu e explodiu para o Mundo deixando até astros consagrados como Mick Jagger, John Lennon, Pete Townshend e Eric Clapton assombrados, Hendrix seria meu amigo do peito. Frequentaríamos os mesmos bares, tomaríamos todas, seu camarin seria a extensao da minha casa e seus quartos de hotel meus tambem. Ele teria me convidado para ver suas apresentacoes inesperadas no Café Wha! em NYC. Sonhar nao custa nada!

E os Pistols?! Nao, punk nunca foi minha onda. Eram muito arruaceiros e sempre fui "do bem".

Esqueci de perguntar ao Peter sobre os Doors e Janis. Tambem esqueci de Joe Cocker, Genesis, Peter Gabriel, David Bowie e Stooges pra ficar nos mais antigos. Das novas ele considera Radiohead um destaque, mas nao falamos de Red Hot, Pearl Jam, Oasis, Nirvana, etc. ficando apenas nas mais famosas e estabelecidas.

Peter, qual foi o melhor show da sua Vida?! Pensou só um pouquinho e mandou: Queen, em um galpao pequeno para duas, três mil pessoas no máximo. Fiquei na cara do gol, na frente da banda. Foram duas horas que me deixaram atordoados. Saí do show meio zonzo com o que acabara de ver. Nunca fiquei tao impressionado assim com banda alguma em tempo algum.

Ja viu o filme "Metal: A Headbanger's journey"?! Nunca ouvi falar, respondeu Pete. Pois entao veja. É um documentario feito por um antropólogo fanático por heavy metal. Ele analisa as tribos, os estilos, os códigos, rituais, influências religiosas (e satânicas) presentes no estilo de Vida desses milhares de loucos que lotam estádios e gastam fortunas acompanhando suas bandas favoritas. Sem falar na compra de CDs, DVDs, camisetas, alegorias e aderecos tao presentes nesse Mundo. O doc mostra as controvérsias entre as proprias bandas sobre quem foi o precursor do gênero. Qual banda originou o metal ou assentou a base para o movimento?! No filme o consenso é o Black Sabbath, mas com alguns pontos para o Deep Purple. Pete discorda. Disse que o Queen é o mais perto da origem do metal que ele viu na época da criacao do do movimento. Ele depois pergunta: em quem você pensa quando ouve "heavy metal"?! Penso no Sepultura, de BH minha cidade. Tens razao, mas e no início?! Hendrix, disse. Ele criou muita coisa que é copiada ate hoje. Helter Skelter dos Beatles pra mim foi a primeira musica metal, rock metal. Ele concorda, em parte. Continua insistindo no Queen, na formacao da banda, nos sons, etc.

Genealogia do Metal, extraida do documentário. Clique para ampliar a imagem e seus conhecimentos musicais.

Falando das bandas, tendências e shows atuais, contei pra ele sobre o Download Festival. Contei que vamos (Ela, eu e seis loucos de BH) conferir AC/DC, Aerosmith, Rage Against the Machine, Motorhead, Stone Temple Pilots (STP), Them Crooked Vultures (TCV) entre outras. Pete, que é produtor musical, cozinheiro, pescador e colecionador de vinhos nas horas vagas, disse com toda autoridade do Mundo que essas bandas sao uma merda. Principalmente o TCV que tem astros consagrados, mas que a melodia nao funciona. Só fazem barulho e nada mais. Dessa lista ele só nao fez cara feia para o Rage e STP.

Perguntei qual sua banda preferida: U2. Falei que já fui um grande fan dele, mas sao muito comerciais hoje em dia, pop e midiáticos. Ele concordou, mas disse que vê-los ao vivo é uma experiencia única. Melhor que isso só se for em seu stereo e TV de plasma com som espacial de Saturno acompanhado de várias garrafas dos ótimos vinhos que habitam sua adega, vulgo Weinkeller.

E Dave Mathews Band?! pergunta Pete. Fui no show deles domingo agora, respondi. Ele tem um som particular, virtuoso, inventa combinacoes improváveis, tocam contra si mesmos, mas quando a melodia casa é perfeito. Depois contou de uma determinada música do DMB que ele gosta muito. Disse que em seu novo stereo espacial saturniano conseguiu ouvir instrumentos que nao havia percebido antes. E  que com maconha é a combinacao perfeita. Comecou a gostar deles gracas a um americano da Flórida, companheiro de tantas pescarias, que vivia sob o efeito da erva.

Pete parou de trabalhar dez anos atrás quando tinha uns 45, acho eu. Hoje aproveita a Vida com seus hobbies: flying fishing (aquele das linhas enormes, iscas artificiais desenvolvidas e construídas por ele mesmo), cozinhar, producao musical e sua colecao de vinhos. Bebe duas garrafas diariamente, mesmo contra indicacao medica. Tentou parar de beber durante a semana, mas desistiu de parar.

Pete é um cara com um humor peculiar e muito exigente, mas também depois de tudo que viu e viveu, quem nao seria?!

Monday, March 01, 2010

Devassa

Düsseldorf (ficou bacana)

Achei que jamais falaria dessa perva aqui no blog, mas nao resisto. Querem barrar esse comercial no Brasil. Alguns consumidores ou expectadores, melhor dizendo, acharam as poses muito sensuais.

Ah, mas a Juliana Paes mostrar a bunda na praia pode né?!