Wednesday, July 31, 2013

Galo conquista as Américas

Meerbusch (calor baiano na Alemanha)

Este post foi originalmente escrito no saguao do aeroporto de Guarulhos dia 27 de Julho de 2013 aguardando o vôo pra Europa.


Guarulhos (ô ô ôôôô ô, vai pra cima deles Galoooo!!!)

Fazem cinco dias que só visto o manto alvinegro. Estou meio surdo de tantos foguetes. O pescoco ainda dói na nuca da tensao de quarta-feira. Sair de Düsseldorf pra ver a finalíssima da Libertadores foi uma das melhores coisas da minha Vida.

Se nao viesse e o Galo ganhasse jamais me perdoaria. Sao 39 anos torcendo e sofrendo. Gritanto campeao apenas para títulos inexpressivos como o Mineiro e a Conmebol, que nem existe mais. Agora chamam de Sulamericana embora o nível seja mais baixo. Precisávamos mais do que qualquer time do planeta de uma consagracao. Uma redencao.
Nos 42 anos entre a conquista do Brasileiro de 1971 e a noite de 24 para 25 de Julho de 2013 a Massa alvinegra sofreu. Teve paciência e uma perseverança inacreditáveis. Soube acreditar no projeto de longo prazo do maior presidente da História do Atlético, Alexandre Kalil. Maior mesmo que o próprio pai, seu Elias.

(Um negao gordo e sacudido acaba de sentar ao meu lado. Elogiou a camisa alvi-negra e perguntou se eu tinha ido no jogo. Sacou um spray do bolso e borrifou no preto sapato direito. E agora o esquerdo. Me deu parabéns e disse ser “atleticano mesmo, de Uberaba”)
A espera foi recompensada. Todos os fantasmas foram exorcizados, especialmente o de 1977 naquela fatídica disputa de penalties contra o Sao Paulo pelo Brasileirao. O Galo terminou o campeonato como vice-campeao invicto, mas viu o rival dar a volta olímpica em pelo Mineirao. Castigo maior, impossível. Meu pai me contou que nunca viu uma multidao tao silenciosa na Vida após o fim do jogo. Clima de velório nas avenidas Abraao Caram, Antônio Carlos e Catalao.

Após conquistar a Libertadores todos os pés frios foram absolvidos. Meu irmao Marcos, vulgo Negao, é um dos maiores. Ou era. Teve ano que o Galo ganhou todas as partidas em casa menos uma, um empate. E este fora justo o jogo em que compareceu.
A fama de azarado do técnico Cuca acabou. Fez substituicoes ousadas ao longo do torneio, jogou sempre no ataque, comandou com pulso firme jogadores tarimbados como Ronaldinho, renegados como Jô, promessas como Bernard, o zagueiro  “selecao” e capitao Réver, o desacreditado e agora Sao Vitor, e até mesmo um Tardelli apaixonado pela torcida, mas tendo que provar seu valor a cada partida.

Kalil filho dedicou o título ao pai, Elias. Antes de quarta era considerado o melhor entre todos os presidentes. O filho o supera e coloca o Galo num nível jamais alcancado. Já estamos na Libertadores 2014. Vamos disputar a Recopa 2013 contra o vencedor da Sulamericana. O Mundial no Marrocos em dezembro é uma realidade. Ainda podemos buscar o Brasileiro, já que estamos apenas 8 pontos atrás do líder Inter, mas com dois jogos a menos. E de lambuja tem a Copa do Brasil.

#euacredito

O EU ACREDITO foi uma das coisas mais belas e impressionantes que já presenciei. Uma verdadeira licao de Vida. Acreditar sempre, incondicionalmente. A Massa carregou o time rumo a$o título. Nao parou de apoiar um segundo sequer ao longo do campeonato, mas principalmente na final contra o tri-campeao das Américas, o Olympia do Paraguay.

Confesso que após o primeiro tempo, se continuassem jogando daquele jeito, achei que nao daria. O gol de Jô logo no primeiro minuto do 2° tempo incendiou o Mineirao. Assisti a partida inteira em pé, sem sair do lugar pra nada. Nao bebi água, cerveja ou suco. Nao fui mijar. Nao me sentei. Fiquei ali, na antiga Galo Prates exatamente na linha divisória do gramado à espera de um milagre.
O 1° tempo foi todo ao lado do amigo e irmao Chris Lua. Tenso e de poucas palavras. No intervalo ele sumiu. Contou depois que sua presença tava dando azar. Imaginem! Assistiu a segunda metade da peleja no bar, bebendo e ouvindo no radio. Nao viu os gols, nem a prorrogacao, nem os penalties. Estratégia de doido, mas que deu certo. Certíssimo.


Meu já citado irmao Marcos Negao fez o mesmo. Ficou o 2° tempo todo no bar vendo pela tv. Aliás, meus irmaos que gostam de futebol estavam todos no estádio. Rato ficou no lugar de sempre, atrás do gol junto com a Galoucura e ao lado do fiel companheiro Gazzi, uma comédia ambulante. Elaino e Leocádio ficaram por ali também, por coincidência ao lado do Tó e Tunicao. E Janemamae, Murgas e Titas em casa torcendo feito doidos. Guidao estava no meu bolso em forma de RG e no coracao, sempre. Tem dedo dele nessa conquista, pode ter certeza.
No segundo gol, custei a acreditar. A bola parecia estar em camera lenta. Assim como a subida e o erro no tempo de bola do zagueirao Leo Silva. Ele rompeu os ligamentos do ombro mês passado e jogou as finais no sacrifício. Nao pode sequer levantar o braco, por isso subia todo duro e desengoncado pras cabecadas.

Meu palpite era 2x0 no tempo normal e mais um gol na prorrogacao. Mas se o sofrimento nao for no nível máximo nao é Galo. Cuca poderia ter colocado o Guilherme e nao o Alecssandro quando fez a primeira substituicao. Na meia hora final de jogo o ataque estava muito enfiado e dependia das jogadas de Rosinei e Josué. Este ultimo foi um monstro e o melhor em campo, na minha humilde opiniao. Na da Itatiaia também.

Sao Vitor, travessao e festa
Vitor dizia que quando se ganha o rótulo de santo é preciso fazer um milagre por dia. Estava certo e fez mais um ao pegar a primeira cobranca paraguaya. O fantasminha de 77 rondava a Pampulha ali de longe, sobrevoando marotamente a lagoa. Mesmo sendo escorraçado do Independência após a antológica vitória contra os Newells Old Boys argentinos, ele teria que ser morto no local de nascença pra nunca mais voltar.

Os atleticanos bateram todas as cobranças com perfeiçao e no canto direito do goleiro fazedor de cera professional, o parente Silva. O travessao explodiu de alegria, extase e delírio ao receber a quinta e última cobranca do Olimpia. O Mineirao foi a loucura e entrou em catarse coletiva. Depois veio um sentimento instantâneo de alívio. Do EU ACREDITO ao EU NAO CONSIGO ACREDITAR numa fracao de segundos.
Abracei quem estava ao meu lado como se fossem irmaos. E sao mesmo. Na saída vi uma senhora de pelo menos 80 anos indo embora amparada pelos filhos, feliz que só ela. Licao de Vida, mais uma. Os amigos aparecendo pelo caminho, vibrando, dizendo que “tive a manha demais” de vir pro jogo. Sempre respondia dizendo que jamais ficaria de fora dessa festa. Do Mineirao pra sede do Galo em Lourdes foi um pulo. Foguetes incessantes, algumas cervas, novos encontros inesperados. Nenhuma briga ou confusao. Apenas alívio pelo fim de uma era e o início de outra.

Esperamos tanto, mas valeu cada nova licao aprendida nas derrotas. A primeira que lembro e uma das mais traumáticas, contra o Flamengo na decisao do Brasileiro de 1980. Guidao meu pai me tornou atleticano. Estava lá na sala de tv nesse dia, confiante na vitória que nao veio. Depois a roubalheira no Serra Dourada pela Libertadores de 81. José Roberto Wright, o sr. é um FILHO DA PUTA. As várias eliminacoes em semi-finais pelo Brasileiro pelo Coritiba em 85, Guarani em 86, Flamengo de novo em 87 após fazer a melhor campanha e ter todos os recordes do torneio. Em 91 o algoz foi o Sao Paulo. Nossa fase ruim foi acompanhada da ascencao do rival. Nova derrota na final do Brasileiro em 1999, dessa vez para o Corinthians. Em 2001 para o inexpressível Sao Caetano novamente nas semis. Isso sem falar nos carrascos da Copa do Brasil, torneio que jamais chegamos nas finais. Criciúma, Goiás, Vasco e até um nanico chamado Brasiliense já eliminaram o Galo.
A vitória é mais do que esperada, o objetivo final. É vislumbrada, sonhada, imaginada e até celebrada antes mesmo de acontecer. Engole-se fácil e saem todos lépidos e fagueiros celebrando por aí. A derrota, e foram tantas, ensina. É muito mais sofrida e difícil de digerir. Tem um inconfundível gosto amargo. Inesquecível. E se?! O imponderável se apresenta. Imagina-se o que teria acontecido. Aquela ilusao de felicidade que estava ali, a meio segundo, a dois passos do paraíso, se esvai, evapora. O grito de campeao engasgado na garganta durante 42 anos finalmente saiu. O estrondoso urro varreu a cidade como um furacao. Mas valeu a pena esperar cada segundo. Cada mes e cada ano. Após as várias eliminacoes, derrotas, e canecos escorregadios que passaram pelas maos de tantos jogadores talentosos  a Massa Atleticana foi se galvanizando, foi ficando mais forte e resiliente. Como uma corda que se arrebenta facilmente na primeira esticada, mas depois volta mais forte e bem amarrada. Com mais fios e entrelaçada. Até que se torna indestrutível e inabalável.

Agora uma nova era se inicia. Que venham os próximos 42 anos, mas cheios de conquistas, orgulho e glória de ser atleticano. E que justifiquem o Amor incondicional que a Massa tem pelo time.
Galo forte vingador, vencer é o nosso ideal!

ps. se ganharmos o Mundial contra o temível Bayern München as marias terao que escolher outro planeta pra viver.

Criquet, Ales, Aço e Galo

Esse post foi originalmente escrito no dia 11 de Julho de 2013 no aeroporto de Manchester enquanto eu bebia ales e comia fish & chips. Vai na íntegra do jeito que ficou.

Manchester Airport (degustando uma Jaipur IPA da Salopian Brewery, Shrewsbury, Shropshire, UK)
Os ingleses sao realmente um povo peculiar. Antes de entrar no carro do Alan Gillard, inglês da gema apesar do sobrenome francês, fui em direcao ao lado direito, o do passageiro. Ele riu e disse “estamos na Inglaterra”. Ao entrar na Motorway M1 se gabava dizendo que o resto da Europa é que dirigia do lado errado e eles, súditos da Rainha, sempre estiveram mais do que certos.

Desci em Meadowlands vindo do aeroporto de Manchester numa quarta-feira de sol. No caminho o tempo foi piorando, a neblina aparecendo e ao chegar em Sheffield encontrei o típico clima britânico. Nuvens cinzentas e sérias. O objetivo da viagem era aprender com os ingleses o bem sucedido modus operandi em funcionamento num conhecido cliente. Mas nao foi só isso que aprendi.

Criquet
O jogo de criquet, por exemplo, é uma instituicao local. Jogam agora o torneio “The Ashes”, série de cinco jogos clássicos entre Inglaterra e Australia. Metrópole vs. Colônia. Em disputa uma mini urna contendo as cinzas dos pauzinhos da casinha usada no primeiro jogo entre os dois paises ocorrido uns 200 anos atrás.

Criquet é uma mistura de bente altas com basebol. Ou o contrário. A tal casinha é feita de pauzinhos de madeira. Essas cinzas da urninha vieram da parte superior, equivalente ao travessao num gol de futebol. Acontece que cada jogo tem a bagatela de CINCO dias de duracao. Isso mesmo, cinco dias. Comecou ontem o primeiro da série com previsao para terminar no final de Agosto. É que entre um jogo e outro temos um intervalo de até uma semana. Os atletas precisam se recuperar de tamanho esforco, claro. Os jogos geralmente comecam às 11h da manha e terminam às 18h. Pausa para almoco, dois lanches e às 16h o tradicional chá que nao é das cinco e sim das quatro. Durante a transmissao os narradores vao se revezando, sempre em dois, ao longo dos cinco dias e das semanas.

Um famoso comentarista local participava ontem do evento, sempre transmitido em ondas longas, as long waves. Nao temos esse tipo de frequência no Brasil, ou pelo menos nao é muito popular. O jogo é apenas pano de fundo para os comentaristas tegiversarem sobre o clima, comentarem as últimas da politicagem inglesa, os resultados de outros esportes, problemas familiares entre os speakers e outros assuntos banais. Quando algum lance relevante acontece param tudo e se concentram no jogo. Depois voltam pra resenha original. Vira e mexe alguma matrona inglesa manda uma torta vinda lá de Dundee, por exemplo. Recebem-na com água na boca e comem a bendita no ar. Comentam depois sobre a textura da bendita, os sabores e cores divagando no final de onde virá a próxima e qual seria o sabor.

Music & Pints
A excelente música pop rock inglesa também é um capítulo à parte. Entrei no supermercado ontem ao som de “With or Without You” do U2. Nos pubs é desnecessário comentar o setlist. Sempre excelente. Na porta do carro do Alan tinha alguns CDs dos Beatles. O Paul que me levou hoje a outro cliente, tem Bruce Springsteen como toque de seu telefone. Na lojinha de sanduiches no almoco uma simpatico gorduchinha vestida de chapéu e trajando bigodes posticos me atendeu alegremente ao som de Jamiroquai. Ainda gargalhou perguntando se eu ia espalhar a foto pra mostrar o mico que ela  pagava de quando em vez. Tudo pra atrair mais clientes.

Após cumprir a missao Alan me perguntou se queria tomar um pint. “Why not”, respondi. Contava pra ele sobre o festival de Real Ales que fomos esse ano em Burton on Trent, capital cervejeira inglesa. O festival era da CAMRA, Campaign for Real Ale, entidade que resgatou a tradicao e as receitas antigas das cask ales inglesas servidas nas antigas bombas manuais sem gás carbônico. Detalhes sobre o festival merecem um post a parte. A espuma do copo é uma fina nata que vai colando no copo a medida que o felizardo bebe. Se grudar é porque o pint é bom, ensinou Alan. Num pub que ele nao frequentava havia 5 anos bebemos duas ales.

Galo x NOB
Com uma terceira sorvida num pub perto do hotel acompanhado de um honesto “chicken masala” da culinária Indiana, voltei ao hotel. A noite prometia em emocoes. Galo x Newells Old Boys pela semi-final da Libertadores. Jogo comecando às 1:50h horário de London. Tentei dormir em vao. Poderia ter assistido ao jogo na internet via Rojadirecta, mas preferi a velha, boa e dramática Rádio Itatiaia mineira e a voz inconfundível do Mário Henrique, o Caixa, e Roberto Abbras como reporter de campo. Escolha certeira. Aos 3 minutos 1x0 gol de Bernard. Pressao durante todo o 1° tempo em vao. Um penalty nao marcado em Jô colocou a primeira pulga atrás da orelha. Perdemos o primeiro jogo em Rosário por 2x0 e precisávamos do mesmo placar pra levar a decisao aos penalties.

O derradeiro tempo comecou com o inimigo melhor posicionado em campo. Bloqueando as investidas alvinegras e ganhando preciosos minutos. Ronaldinho aparecia o suficiente, mas nao muito e era ofuscado pelo talento e alegria nos pés do menino Bernard que finalmente voltou a jogar bem. Um providencial apagao no meio do 2° tempo, segundo alguns proposital, esfriou os ânimos argentines e colocou o Galo de volta ao jogo. Foram 13’ de interrupcao. Treze é Galo no jogo do bicho. A pulga se foi.
Guilherme, jogador que nao gosto por achar ser lento e pouco produtivo, entrou e marcou o segundo e salvador gol a 6’ do final. Estávamos no mínimo nos penalties. O Newells tentou de tudo pra nao tomar mais gols e levar a disputa para os penais. Ambos converteram as duas primeiras cobrancas, mas o fantasma de 1977 apareceu.

(Pra quem nao sabe o Atlético foi vice-campeao brasileiro invicto em 77 perdendo a decisao nos penalties para o Sao Paulo em pleno Mineirao. A cada defesa do goleiro de Deus Joao Leite um jogador alvinegro mandava a bola longe. Até que Joao parou de fazer milagres, mas os incompetents atletas continuaram errando. Resultado: bambis campeoes).
Jô errou, mas o argentino também desperdicou a terceira cobranca. Richarlysson mandou na lua e gelei na cama do hotel. Mas os hermanos foram camaradas e nao souberam aproveitar a vantagem. Pensei “agora R10 marca e depois Sao Vitor vao pegar”. Nao deu outra. Ronaldinho partiu pra quinta e derradeira cobranca e fez Galo 3x2 deixando nosso destino nas maos de Sao Viktor. Ele nao decepcionou e pegou a patada portenha classificando o Galo e a Massa para a inédita e tao sonhada final da Libertadores.

The Day After
No dia seguinte novas informacoes técnicas e culturais inundaram minha mente. Paul me contava que aos 15 anos teve o privilégio de assistir Sheffield Wednesday x Santos com Pelé e cia. O Santos ganhou de 2x0 e o jogo entrou pra história da cidade. Fiz cópia de uma revista relatando a partida que foi cuidadosamente guardada por Paul, torcedor ferrenho do Wednesday que hoje joga a Segundona inglesa.

A cidade de Sheffield e arredores sempre foi o coracao da indústria siderúrgica inglesa. Hoje em dia sao poucas as usinas ainda em atividade, mas o suficiente pra manter muitos fornecedores e trabalhadores ocupados.
Aqui no aeroporto continuo aproveitando das Real Ales enquanto rascunho essas linhas. Espero aumentar o volume de vendas na Holanda pra voltar aqui mais vezes.

Tuesday, July 02, 2013

Aussies psicodélicos


Hilden (um ciclista foi atropelado na esquina)

Vi a dica no Blog do Ico semana passada. Ele contava do show da banda em London no final de semana passado. Rápidos cliques e chego no site oficial. Show em Colônia dia 1° de Julho num tal Gloria Theater. Ingressos comprados sem o consentimento Dela, mas na certeza de que iria adorar o programa. E assim foi.

Tame Impala vem da Austrália, terra de AC/DC, INXS, Midnight Oil e Kate “blergh“ Minogue. Fazem um rock psicodélico progressivo com muito groove e visual, luzes e imagens acompanhando os acordes. Nao se preocupam muito com quem veio antes. Vao lá e fazem o som deles com personalidade pouco se lixando pra comparacoes e para o futuro.

O batera é diferenciado, mas toda a banda tem muita qualidade. Nao é por acaso que já tocaram no Coachella 2013 e vao tocar em Glastonbury e outros festivais do verao europeu. O timbre do voz do vocal lembra John Lennon, embora seja difícil entender o que ele canta.

O Gloria Theater é um espetáculo. Antigo cinema/teatro foi transformado em casa de shows mantendo a aura antiga. Um bar no fundo em altura privilegiada servia os sedentos jovens alemaes. Foi ali que ficamos estrategicamente posicionados atrás da mesa de som alimentados de música da melhor qualidade e uma boa Veltins “vom Faß”, direto do barril.

Só esqueci de comentar sobre o show com quem tinha me apresentado a banda, Herr Bock. O alemao ficou irado… no mal sentido.
 
Quem quiser ouvir o primeiro album completo, Innerspeaker, é só clicar aqui. Pra ouvir o segundo e último, Lonerism, aqui.