Düsseldorf (pasta ao pesto)
Anteontem, 24 de Junho, Juan Manuel Fangio faria 100 anos. Pra comemorar e homenagear, veremos o video histórico de sua última vitória em Nürburgring, ou Ring para os íntimos como ele, em 1957.
Fangio mesmo disse que essa foi sua vitória mais difícil e por isso a mais importante. Com sua Maserati 250 F passou a Ferrari de Peter Collins na penúltima volta pra depois jantar Mike Hawthorn, também da Scuderia, na última e partir para o abraco.
Lenda é pouco.
viagens, Vida cotidiana, automobilismo, arte, música, pessoas, cinema... TUDO!!! trips, real Life, motorsports, Art, muzik, people, movies... EVERYTHING!!!
Sunday, June 26, 2011
Saturday, June 25, 2011
Humoristas
Düsseldorf (varado de fome)
E a série ganha em importância de forma instantânea. O artista se chama Tiago Hosel e é baiano de Ilhéus. É bom o garoto. Mais dele aqui.
E a série ganha em importância de forma instantânea. O artista se chama Tiago Hosel e é baiano de Ilhéus. É bom o garoto. Mais dele aqui.
Fotos do Dia
Düsseldorf (pasta ao pesto, sofort)
Essa série ganha agora seu segundo episódio. E o terceiro também.
Mais aqui.
Essa série ganha agora seu segundo episódio. E o terceiro também.
Mais aqui.
Humoristas
Düsseldorf (deu fome agora)
Mais uma série se inicia no Truta. Agora com as palhacadas relevantes que tragam um humor negro ou refinado, ou os dois, como a foto abaixo.
A contribuicao do fofoqueiro evangélico abaixo foi do Cid que prometeu mostrar a Toscana e Roma de cabo a rabo pra esposa. Ela vai cobrar, tenho certeza.
Mais uma série se inicia no Truta. Agora com as palhacadas relevantes que tragam um humor negro ou refinado, ou os dois, como a foto abaixo.
A contribuicao do fofoqueiro evangélico abaixo foi do Cid que prometeu mostrar a Toscana e Roma de cabo a rabo pra esposa. Ela vai cobrar, tenho certeza.
Festival de Sonho
Düsseldorf (Winkelsmühle só em 2012...)
Seria possível um festival de música reunir durante três dias lendas como BB King, Paul Simon, Chick Corea, Toots Thielemans, Chaka Khan, Tom Jones, Al Jarreau, Marcus Miller, Herbie Hancock, e Wayne Shorter.
Misture-se a isso nomes já consagrados como Flying Lotus, Seal, Natalie Cole, Chucho Valdés, Ahmad Jamal, Madeleine Peyroux, Joshua Redman e um toque brasileiro com Sérgio Mendes, Adriana Calcanhoto e Joao Bosco.
Nao satisfeito, chama-se a turminha do momento como James Blake e Snoop Dogg.
Quer mais?! Entao o Prince vai fechar as três noites. Tá bom pra você?!
Isso existe e vai acontecer entre 8 e 10 de Julho na agitada Rotterdam durante o North Sea Jazz 2011.
Se eu vou?! Nao bobo, vou nao.
Seria possível um festival de música reunir durante três dias lendas como BB King, Paul Simon, Chick Corea, Toots Thielemans, Chaka Khan, Tom Jones, Al Jarreau, Marcus Miller, Herbie Hancock, e Wayne Shorter.
Misture-se a isso nomes já consagrados como Flying Lotus, Seal, Natalie Cole, Chucho Valdés, Ahmad Jamal, Madeleine Peyroux, Joshua Redman e um toque brasileiro com Sérgio Mendes, Adriana Calcanhoto e Joao Bosco.
Nao satisfeito, chama-se a turminha do momento como James Blake e Snoop Dogg.
Quer mais?! Entao o Prince vai fechar as três noites. Tá bom pra você?!
Isso existe e vai acontecer entre 8 e 10 de Julho na agitada Rotterdam durante o North Sea Jazz 2011.
Se eu vou?! Nao bobo, vou nao.
Friday, June 24, 2011
Cine Bresson, o longa-metragem que deu origem à série
Hilden (impossível concentrar)
No último dia 6 completei sete anos vivendo na Europa. Escrevi sobre os cinco primeiros aqui. A data passou batida no Truta, mas nao na minha cabeça. Ela, sempre Ela, deu a idéia: "por que você nao começa a postar os filminhos que fez desde que chegou aqui?!"
E assim iniciamos a série, mais uma, Cine Bresson. Em ordem cronológica, as peripécias de um mineiro pelo Velho Mundo, suas andanças, amigos, festas, viagens, pessoas, impressoes e as mudanças que foram ocorrendo em sua Vida. Tentarei postar uns 3 videos por semana pra manter a audiência mundial em alta. Nem mais, nem menos. Apenas a mesma quantidade, como diriam os Engos.
Este mineiro que chegou em Junho de 2004 em Vienna, Austria (nao confundir com Austrália por que lá nao tem canguru... ainda) se chama Pedro. Vinha das baladas e da solterice de Beagá pra cair numa das capitais culturais européias disposto a ficar mais de ano sem por os pés na terrinha. Tomando um banho de cultura e civilidade.
Comprei uma maquininha digital dessas Canon Ixus i que cabem no bolso e tem o tamanho de um celular. Pelo menos tinha, hoje em dia eles encolheram. Saí capturando momentos e situaçoes por onde andei, tanto em fotos como em videos.
Este primeiro, o número um como a moedinha da sorte do Tio Patinhas, foi feito numa sexta-feira 13 em Agosto de 2004 na casa do casal de amigos argentinos e cientistas loucos Fernando Warchomicka, o Warcho, e Cecília Poletti, a Ceci. O careca sósia do Sneijder da selecao holandesa, é o Guille, doido de pedra. Leozinho, curintiano safado, aparece depois balancando o esqueleto. E por último, Haroldo, ou HarolDoido, meu tutor e futuro Doutor pela TÜ Berlin. Ele é o cara que me levou pra Europa, nada mais, nada menos.
Depois do esquenta fomos ao Chelsea, bar/disco no famoso Gürtel vienense. O bairro das baladas e bares, da juventude e das confusoes. Mas dele falarei muito mais nos próximos capítulos quase incontáveis do meu Doutorado.
O video nao tem nada demais. A turma tá aparentemente desanimada, mas apenas guardava energia para logo mais. Após um alô acanhado de uma hermana para o Brasil iniciava-se a sequência infinita dos filminhos.
No último dia 6 completei sete anos vivendo na Europa. Escrevi sobre os cinco primeiros aqui. A data passou batida no Truta, mas nao na minha cabeça. Ela, sempre Ela, deu a idéia: "por que você nao começa a postar os filminhos que fez desde que chegou aqui?!"
E assim iniciamos a série, mais uma, Cine Bresson. Em ordem cronológica, as peripécias de um mineiro pelo Velho Mundo, suas andanças, amigos, festas, viagens, pessoas, impressoes e as mudanças que foram ocorrendo em sua Vida. Tentarei postar uns 3 videos por semana pra manter a audiência mundial em alta. Nem mais, nem menos. Apenas a mesma quantidade, como diriam os Engos.
Este mineiro que chegou em Junho de 2004 em Vienna, Austria (nao confundir com Austrália por que lá nao tem canguru... ainda) se chama Pedro. Vinha das baladas e da solterice de Beagá pra cair numa das capitais culturais européias disposto a ficar mais de ano sem por os pés na terrinha. Tomando um banho de cultura e civilidade.
Comprei uma maquininha digital dessas Canon Ixus i que cabem no bolso e tem o tamanho de um celular. Pelo menos tinha, hoje em dia eles encolheram. Saí capturando momentos e situaçoes por onde andei, tanto em fotos como em videos.
Este primeiro, o número um como a moedinha da sorte do Tio Patinhas, foi feito numa sexta-feira 13 em Agosto de 2004 na casa do casal de amigos argentinos e cientistas loucos Fernando Warchomicka, o Warcho, e Cecília Poletti, a Ceci. O careca sósia do Sneijder da selecao holandesa, é o Guille, doido de pedra. Leozinho, curintiano safado, aparece depois balancando o esqueleto. E por último, Haroldo, ou HarolDoido, meu tutor e futuro Doutor pela TÜ Berlin. Ele é o cara que me levou pra Europa, nada mais, nada menos.
Depois do esquenta fomos ao Chelsea, bar/disco no famoso Gürtel vienense. O bairro das baladas e bares, da juventude e das confusoes. Mas dele falarei muito mais nos próximos capítulos quase incontáveis do meu Doutorado.
O video nao tem nada demais. A turma tá aparentemente desanimada, mas apenas guardava energia para logo mais. Após um alô acanhado de uma hermana para o Brasil iniciava-se a sequência infinita dos filminhos.
Monday, June 20, 2011
Foto do Dia
Düsseldorf (mais uma semaninha curta)
O pau quebrando em Vancouver após a derrota do time local, os Canucks, contra os Boston Bruins na decisao da NHL, a liga de hóckey americana, e o casal ali se beijando no asfalto.
A imagem correu o Mundo na semana passada e parou aqui. A chapa foi tirada pelo Rich La representando a Getty Images.
O pau quebrando em Vancouver após a derrota do time local, os Canucks, contra os Boston Bruins na decisao da NHL, a liga de hóckey americana, e o casal ali se beijando no asfalto.
A imagem correu o Mundo na semana passada e parou aqui. A chapa foi tirada pelo Rich La representando a Getty Images.
Friday, June 17, 2011
Radio Truta - Jazz
Düsseldorf (... e sonhando)
Dose dupla hoje já que a hora corre solta e amanha ainda é preto na folhinha, como diria meu amigo quase americano (blergh!) Fredegulho. E os assuntos que tenho sao grandes demais para serem escritos num átimo de segundo. Preciso dormir também.
Joshua Redman entrou pela primeira vez em meus ouvidos fazendo vibrar tímpano, bigorna e estribo na casa do Sérgio Mallard. Ele, Mallard, merece vários posts devido à quantidade de bagunca já realizada nesse planeta redondo.
Lá pelas tantas, sob uma de suas palmeiras e do anjo barroco cuidadosamente fixado no teto do apê na rua Viçosa em Beagá, ele me pergunta se gosto de jazz. Pergunta óbvia, pra me irritar. E manda um sax insano de cara, Hide & Seek. Gostei imediatamente e nunca mais me esqueci do saxofonista norte-americano.
Pesquisando na net, descubro que Mr. Redman foi graduado em Estudos Sociais pela Harvard University em 1991 com o grau máximo, summa cum laude. Logo depois foi aceito na Yale Law School, mas resolveu adiar a entrada por doze meses.
Neste mesmo ano, Joshua recebe outro prêmio que mudaria sua Vida (e a dos amantes de jazz) para sempre: a Thelonious Monk International Jazz Saxophone Competition. O Mundo perdia um sociólogo e futuro brilhante advogado ou jurista, mas ganhava um jazzista de primeiríssima qualidade.
Já que a dose na rádio é dupla, vamos de Redman duas vezes também. Pegue um bom vinho à meia luz e apenas aproveite. Garanto que seus estribos e bigornas vao saborear.
Recorded at Jazz Ost-West, Tafelhalle, Nürnberg/Germany, May 17th 1996
Dose dupla hoje já que a hora corre solta e amanha ainda é preto na folhinha, como diria meu amigo quase americano (blergh!) Fredegulho. E os assuntos que tenho sao grandes demais para serem escritos num átimo de segundo. Preciso dormir também.
Joshua Redman entrou pela primeira vez em meus ouvidos fazendo vibrar tímpano, bigorna e estribo na casa do Sérgio Mallard. Ele, Mallard, merece vários posts devido à quantidade de bagunca já realizada nesse planeta redondo.
Lá pelas tantas, sob uma de suas palmeiras e do anjo barroco cuidadosamente fixado no teto do apê na rua Viçosa em Beagá, ele me pergunta se gosto de jazz. Pergunta óbvia, pra me irritar. E manda um sax insano de cara, Hide & Seek. Gostei imediatamente e nunca mais me esqueci do saxofonista norte-americano.
Pesquisando na net, descubro que Mr. Redman foi graduado em Estudos Sociais pela Harvard University em 1991 com o grau máximo, summa cum laude. Logo depois foi aceito na Yale Law School, mas resolveu adiar a entrada por doze meses.
Neste mesmo ano, Joshua recebe outro prêmio que mudaria sua Vida (e a dos amantes de jazz) para sempre: a Thelonious Monk International Jazz Saxophone Competition. O Mundo perdia um sociólogo e futuro brilhante advogado ou jurista, mas ganhava um jazzista de primeiríssima qualidade.
Já que a dose na rádio é dupla, vamos de Redman duas vezes também. Pegue um bom vinho à meia luz e apenas aproveite. Garanto que seus estribos e bigornas vao saborear.
Recorded at Jazz Ost-West, Tafelhalle, Nürnberg/Germany, May 17th 1996
Radio Truta - Blues
Düsseldorf (Ela tá dormindo...)
Outro dia peguei um caderno antigo onde anotava as maluquices que povoam minha mente, bem antes de criar o Truta. Lá pelas tantas aparece uma tarefa importante:
- Criar uma rádio
Logo em seguida um HAHAHAHA sonoro rindo da minha própria insanidade. Mas a internet nos proporciona coisas maravilhosas quando bem manuseada e agora tenho minha "rádio". Hoje vamos com esses peso pesados numa performance que eu desconhecia. Robert Cray vai ao delírio e o piano player, Johnnie Johnson, é dos melhores.
Dica do Rodrigo Viana, um dos melhores guitarristas de jazz na cena musical parisiense. O malandro toca com Ray Lema em lugares como o Duc des Lombards, um dos tradicionais jazz clubs em Paris.
Outro dia peguei um caderno antigo onde anotava as maluquices que povoam minha mente, bem antes de criar o Truta. Lá pelas tantas aparece uma tarefa importante:
- Criar uma rádio
Logo em seguida um HAHAHAHA sonoro rindo da minha própria insanidade. Mas a internet nos proporciona coisas maravilhosas quando bem manuseada e agora tenho minha "rádio". Hoje vamos com esses peso pesados numa performance que eu desconhecia. Robert Cray vai ao delírio e o piano player, Johnnie Johnson, é dos melhores.
Dica do Rodrigo Viana, um dos melhores guitarristas de jazz na cena musical parisiense. O malandro toca com Ray Lema em lugares como o Duc des Lombards, um dos tradicionais jazz clubs em Paris.
Thursday, June 09, 2011
Futebol de Botao com seu Avô
Düsseldorf (sou mais Pedro e Juliana, hehe)
Nesse mesmo caderninho citado no post anterior intitulado de "Alles", ou Tudo em alemao, uma nova tarefa foi criada:
- fazer um roteiro para Faroeste Caboclo
Dessa vez sem risadas, assunto sério. Até comecei a listar os personagens, as cidades envolvidas, período de tempo, relacao com o que ocorria no Brasil na época, etc. Baixei um guia de como escrever roteiros de cinema, li algumas páginas, mas ficou na promessa. Vi outro dia, ou alguém me contou, que já estao filmando minha idéia. Quero compensacao por danos morais, calúnia e difamacao.
Agora lancaram Eduardo & Mônica. Ignorando a operadora e o marketing oportuno, o trailer é bacana e merece ser conferido.
Stairway to Heaven é outra música que daria um fantástico filme, mas nao feito em Hollywood.
Nunca joguei botao com meu avô, embora ele tenha comprado um Estrelao, o Saxonia Stadium, para os meus irmaos mais novos poderem jogar também. Eu fazia campeonatos numa mesinha de madeira, tipo quadra de salao, com 5 na linha e o goleiro. Jogava sozinho, contava artilharia, classificacao, rebaixamento, caneco, juiz, torcida, papel picado e o escambáu. O bom é que eu nunca perdia, hehe. E ainda roubava os jogos do Galo x Cruzeiro a favor dos alvi-negros, claro.
Nesse mesmo caderninho citado no post anterior intitulado de "Alles", ou Tudo em alemao, uma nova tarefa foi criada:
- fazer um roteiro para Faroeste Caboclo
Dessa vez sem risadas, assunto sério. Até comecei a listar os personagens, as cidades envolvidas, período de tempo, relacao com o que ocorria no Brasil na época, etc. Baixei um guia de como escrever roteiros de cinema, li algumas páginas, mas ficou na promessa. Vi outro dia, ou alguém me contou, que já estao filmando minha idéia. Quero compensacao por danos morais, calúnia e difamacao.
Agora lancaram Eduardo & Mônica. Ignorando a operadora e o marketing oportuno, o trailer é bacana e merece ser conferido.
Stairway to Heaven é outra música que daria um fantástico filme, mas nao feito em Hollywood.
Nunca joguei botao com meu avô, embora ele tenha comprado um Estrelao, o Saxonia Stadium, para os meus irmaos mais novos poderem jogar também. Eu fazia campeonatos numa mesinha de madeira, tipo quadra de salao, com 5 na linha e o goleiro. Jogava sozinho, contava artilharia, classificacao, rebaixamento, caneco, juiz, torcida, papel picado e o escambáu. O bom é que eu nunca perdia, hehe. E ainda roubava os jogos do Galo x Cruzeiro a favor dos alvi-negros, claro.
Around the World
Düsseldorf (farei de carro, um dia...)
Paolo e sua Ducati, alter ego italiano de Vital e sua moto, partiram para conhecer as capitais do Mundo. Saíram da pátria amada Itália, passando pelos Balcas, Rússia, Japao, China, Paquistao, Malásia, Austrália, USA, México, América do Sul, voltaram pra Europa e já estao chegando pra pegar o spaguetti da mama no ponto certo.
E tem gente que acha o Paolo louco... só por que corre atrás e faz acontecer seus sonhos.
Pesquei no Facebook do Tony Tornado, que anda meio nervoso com os garcons alemaes.
Paolo e sua Ducati, alter ego italiano de Vital e sua moto, partiram para conhecer as capitais do Mundo. Saíram da pátria amada Itália, passando pelos Balcas, Rússia, Japao, China, Paquistao, Malásia, Austrália, USA, México, América do Sul, voltaram pra Europa e já estao chegando pra pegar o spaguetti da mama no ponto certo.
E tem gente que acha o Paolo louco... só por que corre atrás e faz acontecer seus sonhos.
Pesquei no Facebook do Tony Tornado, que anda meio nervoso com os garcons alemaes.
Tuesday, June 07, 2011
Radio Truta
Düsseldorf (amanha em Luxa)
Quem nao conhece Nina, favor aproveitar. Uma das grandes divas do jazz dá uma palinha especial hoje no Truta.
Abra um bom vinho, apague as luzes e...
Quem nao conhece Nina, favor aproveitar. Uma das grandes divas do jazz dá uma palinha especial hoje no Truta.
Abra um bom vinho, apague as luzes e...
Monday, June 06, 2011
Bismarck Straße
Düsseldorf (Sylt é o paraíso)
Atravessei a Oststraße em direcao ao nr. 72 da Bismarck, mas agora andando do outro lado para poder ver a fachada oposta. Nada digno de nota, a nao ser o café grego ignorado no início. Entrei, e vi Eli livre que me chamou com um sinal. Me atendeu com um sorriso dizendo para me sentar perguntado "O que posso fazer por você?!", a tradicional frase inicial que qualquer atendente lança mecanicamente por aqui. Conversamos sobre os documentos, prazos, próximos passos, etc. Me despedi dizendo "Bis bald" já pensando no trabalho que estava por vir. Mas na verdade, entrei no carro com inveja dos holandeses.
Parei o Chicao na porta do Lohnsteuerberater, vulgo consultor para imposto de renda ou simplesmente contador, às 9 e pouco de uma quinta-feira fria e úmida. Vi de longe uma gordinha esperando para ser atendida por um dos três consultores: o alemao babaca, a italiana simpática ou o turco eficiente, Eli. De barriga vazia, saí em busca de um café quente e paes para alimentar o dia. A Bismarck tem um café grego que passou despercebido na ida. Bares com caça-euros e roletas funcionando logo cedo. Sex shops com filmes "educativos" para serem vistos sozinho ou acompanhado. Um antiquário ou espécie de loja de molduras destoando o ambiente.
Um leva e traz pouco intenso de estrangeiros deixava marcas nas calcadas molhadas. Quase nao ouvia o idioma alemao. No sinal vermelho de pedestres, entrei numa Tabakwaren - loja de conveniência - para ler as manchetes enquanto esperava pelo verde. Seriam alguns segundos, mas aprendo a cada dia na Alemanha que o sr. Tempo é nosso ativo mais precioso. E resolvi usá-lo da melhor forma. Uma mulher havia ingerido 150 cápsulas plásticas contendo cocaína, dizia o Bild sensacionalista. A atendente disse "Guten Tag" perguntando se eu desejava algo. "Nao, tô apenas olhando". Devem ter sido apenas 23.
Carregando os documentos do IR e o livro "Cartas a Theo" com as memórias de van Gogh, atravessei a Oststrasse, a segunda rua mais importante da comunidade japonesa na cidade. Perde apenas para Immermannstrasse. Ali encontram-se bons restaurantes, mercearias e confeitarias com produtos do Oriente cujos donos preservam seus costumes e culturas ao máximo. Pelo menos tentam, mas já comprei cerveja alema numa dessas vendinhas interesseiras. Na outra, esquina uma Backerei/Konditorei - padaria/confeitaria - me acolhera. Duas mulheres alemas, finalmente, discutiam calorosamente com a vendedora sobre os produtos reçém adquiridos. As perguntas deviam variar entre o teor de trigo na baguete passando pela consistência das passas no bolinho recheado e terminando na quantidade de produtos químicos prejudiciais à saúde usados na fabricacao dos itens.
Alemaes perguntam de tudo. Uma conversaçao normal nao flui naturalmente. Sao como detetives. Tentam extrair o máximo de informaçoes possíveis, mesmo sem importância alguma. Devem traçar um perfil sócio-ecônomico e psicológico com cada estrangeiro que entrevistam no primeiro encontro. E quando perguntados, pouco dizem. Respostas vagas e evasivas. Sao como os políticos brasileiros. Ou dirigentes da FIFA. Ou até mesmo jogadores de futebol ou pilotos de Fórmula 1. Falam alguma coisa, mas nao dizem nada. É olho no olho, pergunta e resposta. Pá, pum. Você se sente nú quando termina. Sai de maos abanando enquanto eles batem os pés ao saltar comemorando a conquista de preciosos dados inúteis da Vida alheia.
"Um capuccino e um croissant, por favor", pedi pra gordinha mal humorada. Bem que combinava com a vizinhança estrangeira e ausente de nativos. A roliça turca trouxe o pedido. Após pagar me posicionei numa dessas mesinhas de frente pra janela, olhando a rua. E ali fiquei, usando meu Tempo para observar as pessoas. Chegaria mais tarde, duas horas apenas, no trabalho. Mas pude ver de perto o cotidiano dessa esquina antiga da cidade cosmopolita. Um funcionário da Konditorei, que me pareceu ser alemao, carregava seu furgao com bandejas e mais bandejas das famosas tortas de morango debaixo de uma garoa fina. Felizes foram os destinatários da encomenda.
Um leva e traz pouco intenso de estrangeiros deixava marcas nas calcadas molhadas. Quase nao ouvia o idioma alemao. No sinal vermelho de pedestres, entrei numa Tabakwaren - loja de conveniência - para ler as manchetes enquanto esperava pelo verde. Seriam alguns segundos, mas aprendo a cada dia na Alemanha que o sr. Tempo é nosso ativo mais precioso. E resolvi usá-lo da melhor forma. Uma mulher havia ingerido 150 cápsulas plásticas contendo cocaína, dizia o Bild sensacionalista. A atendente disse "Guten Tag" perguntando se eu desejava algo. "Nao, tô apenas olhando". Devem ter sido apenas 23.
Carregando os documentos do IR e o livro "Cartas a Theo" com as memórias de van Gogh, atravessei a Oststrasse, a segunda rua mais importante da comunidade japonesa na cidade. Perde apenas para Immermannstrasse. Ali encontram-se bons restaurantes, mercearias e confeitarias com produtos do Oriente cujos donos preservam seus costumes e culturas ao máximo. Pelo menos tentam, mas já comprei cerveja alema numa dessas vendinhas interesseiras. Na outra, esquina uma Backerei/Konditorei - padaria/confeitaria - me acolhera. Duas mulheres alemas, finalmente, discutiam calorosamente com a vendedora sobre os produtos reçém adquiridos. As perguntas deviam variar entre o teor de trigo na baguete passando pela consistência das passas no bolinho recheado e terminando na quantidade de produtos químicos prejudiciais à saúde usados na fabricacao dos itens.
Alemaes perguntam de tudo. Uma conversaçao normal nao flui naturalmente. Sao como detetives. Tentam extrair o máximo de informaçoes possíveis, mesmo sem importância alguma. Devem traçar um perfil sócio-ecônomico e psicológico com cada estrangeiro que entrevistam no primeiro encontro. E quando perguntados, pouco dizem. Respostas vagas e evasivas. Sao como os políticos brasileiros. Ou dirigentes da FIFA. Ou até mesmo jogadores de futebol ou pilotos de Fórmula 1. Falam alguma coisa, mas nao dizem nada. É olho no olho, pergunta e resposta. Pá, pum. Você se sente nú quando termina. Sai de maos abanando enquanto eles batem os pés ao saltar comemorando a conquista de preciosos dados inúteis da Vida alheia.
"Um capuccino e um croissant, por favor", pedi pra gordinha mal humorada. Bem que combinava com a vizinhança estrangeira e ausente de nativos. A roliça turca trouxe o pedido. Após pagar me posicionei numa dessas mesinhas de frente pra janela, olhando a rua. E ali fiquei, usando meu Tempo para observar as pessoas. Chegaria mais tarde, duas horas apenas, no trabalho. Mas pude ver de perto o cotidiano dessa esquina antiga da cidade cosmopolita. Um funcionário da Konditorei, que me pareceu ser alemao, carregava seu furgao com bandejas e mais bandejas das famosas tortas de morango debaixo de uma garoa fina. Felizes foram os destinatários da encomenda.
As empresas deveriam dar meio dia livre por semana aos seus empregados para fazerem o que quiserem. Até mesmo trabalhar. Funcionaria como uma válvula de escape durante a atribulada e apertada jornada. Na Holanda muitos profissionais já adotaram a semana de quatro dias. Tem mais tempo pra curtir a mulher e os filhos. Podem fazer uma viagem tranquila num final de semana de três dias. Ou até mesmo voar para Lisboa numa terça a tarde pra assistir Benfica vs. Ajax nas oitavas da Copa da UEFA e voltar com calma no final do dia seguinte após um almoço maravilhoso em Alfama. Sem preocupaçoes ou peso na consciência. Leve.
Atravessei a Oststraße em direcao ao nr. 72 da Bismarck, mas agora andando do outro lado para poder ver a fachada oposta. Nada digno de nota, a nao ser o café grego ignorado no início. Entrei, e vi Eli livre que me chamou com um sinal. Me atendeu com um sorriso dizendo para me sentar perguntado "O que posso fazer por você?!", a tradicional frase inicial que qualquer atendente lança mecanicamente por aqui. Conversamos sobre os documentos, prazos, próximos passos, etc. Me despedi dizendo "Bis bald" já pensando no trabalho que estava por vir. Mas na verdade, entrei no carro com inveja dos holandeses.
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