Friday, December 25, 2009

Rumo a Terra Prometida

Charlotte (Daqui a pouco, New York)

No post anterior disse que deveria falar sobre a verdadeira odisseia que foi a viagem de ida. Se voce esta em casa agora, sem nada pra fazer, ja cansou de ler as noticias no UOL e no G1, ja esta careca de saber que o Schumacher vai voltar ano que vem, viu milhares de fotos mostrando a retrospectiva de 2009, respondeu todos os seus emails desejando "Feliz Natal e um otimo 2010" pra familia e amigos e quer ler uma epopeia, entao prepare-se.

A viagem comecou no domingo, dia 20 Dez em Dusseldorf. Preparativos pro voo da Aer Lingus das 10:25 rumo a Dublin e de la pra New York. Ao entrar no taxi (transporte #1) as 9h da matina com as ruas completamente brancas de neve pensei "acho que voar hoje vai ser complicado". E assim comecava a maratona.

O aeroporto estava fechado pra pousos e decolagens. Neve e vento fortes com temperaturas de -17 C. O aviao acabou descendo em Koln (Colonia) ja que la o clima estava melhor. Ficam apenas 35km distantes, mas do lado Kolsch do Reno as coisas estavam melhores que o lado Alt. Apos algumas horas de atraso, todos pegaram as bagagens despachadas, menos nos, uma menina e um casal de alemaes gigantes. Esperamos um tempinho e os quadrados pretos, cinzas e vermelhos surgiram deslizando pela esteira de borracha. Felicidade imediata, por que viajar sem mala eh um inferno. Elas vao e voce fica ou vice-versa. Nunca consegui entender como os aeroportos conseguem ser tao desorganizados. Momentos depois, todos foram distribuidos em dois onibus (transporte #2) e fomos enfrentar as Autobahnen cheias de neve. Um trajeto de 40' demorou hora e quarto. Nao havia neve na cidade do Dom, a catedral mais imponente e bela da Europa. La chegando, todos para o check-in nr.2 do dia. Alguns desesperados, como o casal de imensos alemaes prontamente apelidados de Jamantas, correram pra fila. Nao sei pra que, ja que o aviao nao sairia sem todos os passageiros. Eu e Juju ficamos sentados, lendo nossos livros esperando a fila diminuir. Ela terminava "Die Buchdieber" (A Menina que Roubava Livros, em alemao) e eu comecava "O Mundo eh Plano (The World is Flat), de um jornalista americano ganhador do Pulitzer. Interessantissimo.

Enquanto eu viajava pelos call centers de Bangalore e Utah e lia sobre as forcas que achataram o Mundo, os alemaes ansiosos faziam check-in, de novo.

TO BE CONTINUED IN NYC.

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