Düsseldorf (Selecao venceu e convenceu)
Venho por meio deste dar satisfacoes aos meus três admiradores. Nao posso deixar passar batido os Jogos Olímpicos, verdadeiro nome dessa sanha de patrocinadores e empresas que se transformou tudo isso.
Atrasaram o início para o final de julho pegando a época do Ramada. O risco de ataques terroristas seria teoricamente menor. E os atletas mulcumanos?! Que se fodam. Nao podem comer durante o dia, o sol se poe bem tarde na ilha da rainha paraquedista, lá pelas 22h, e quando deveriam dormir estao reabastecendo o estômago.
Bom, nao vim aqui pra falar disso. O vexame de sempre do Brasil nao deveria ser novidade pra ninguém. Criam expectativas irreais em cima de todos os atletas quando apenas alguns, tirando os esportes coletivos, tem chances verdadeiras de levar medalha, medalha, medalha!
E ninguém ali é obrigado a cada quatro anos a se tornar salvador da pátria. Ralam durante esse tempo todo na obscuridao e anonimato em condicoes longes das ideais. Normalmente tem um emprego fixo e treinam antes ou depois de trabalhar. E até durante. O apoio das federacoes é limitado. E quando ganham o país inteiro acha por direito dividir a vitória com eles. Quem ganha merece agradecer a si mesmo, ao esforco próprio, ao apoio dos familiares e amigos, e dos treinadores incansáveis.
Quando um atleta brasileiro perde os vagabundos internautas com seus dedos engordurados de pipoca e sal resolvem tirar satisfacoes. Como se eles fossem capazes de fazer melhor. Só de estarem numa Olimpíada, de terem atingido os índices classificatórios, essa turma já é vencedora.
Os quenianos decepcionaram agora há pouco nos 1.500 metros. Nao deu nem pódio. E teve um americano que arrancou feito um dragster no final pra pegar a prata. O argelino levou o ouro fazendo a alegria do Herr Beskri, meu ex-colega de trabalho. Sempre imagino os quenianos treinando da maneira mais óbvia: correndo de leopardos e panteras nas savanas africanas. Ás vezes percorrendo dois saaras por semana como camelos sem uma gota d'água. Esses caras parecem robôs.
Nos 3.000 metros ontem, com obstáculos, levaram ouro e bronze. Os mesmos três andróides. Um caiu, tropecou e nao levou nada. Talvez uma coleira londrina pra leoparda da vizinha. Um francês se intrometeu entre eles e pegou a baixela prateada. Sanduíche de saucisson. O Quênia foi colônia francesa?! Deve ter sido. Meia África foi.
Nao consigo torcer para os americanos. Sao arrogantes, metidos a besta demais. Os velocistas parecem presidiários recem libertados. Nao conseguem acompanhar os jamaicanos. Esses sim, nao só Usain como todos os outros, os mais simpáticos. Apenas abrem um sorriso feliz e nos conquistam imediatamente.
Viram a branquinha australiana nos 110 metros com barreiras deixando a esquadra do Tio Sam pra trás?! Ela em primeiro, no photochart (é assim?!) e três negonas do Tennessee na sequência. Caiu no chao de alegria ao ver seu nome em 1° no placar. Bacana.
Os únicos norte americanos que tem minha torcida sao os mágicos da NBA e o Phelps. Pra ele torci em todas as provas, até contra nossos brasileiros. Em Pequim já foi assim. Acordava na madrugada européia pra ver as provas. Vi todos os ouros ao vivo, inclusive aquele dos 200 borboleta, se nao me engano, quando ele ganhou na última bracada. Por que borboleta?! Na minha época era golfinho. O Phelps aliás parece um golfinho num corpo humano. Pula na água e dispara na frente. Sai da água meio abobalhado, sem saber realmente o que fez. Acho que só se dá conta de verdade quando revê as provas em casa acompanhado de um narguilê e amigos. Deixou de ser atleta para se tornar nacao.
Neymar, Damiao e cia. venceram os coreanos do sul e convenceram. Três tentos a zero, diria Sílvio Luis. Agora pegamos os mexicanos em busca do sonhado ouro. Eles que já se acostumaram a nos vencer. É sábado às 4h da tarde. Depois de pintar a casa, verei.
E o vôlei?! As meninas mandaram o carrasco russo pra Vladvostok. Finalmente! Estamos nas semis e a sensacao é a melhor possível. No masculino, falava eu hoje no almoco tailandês que o Bernardinho é o maior mala da galáxia. Chato pra caralho! Insuportável. Mas dá resultado, todos disseram. E daí, precisa ser intragável assim?! Pelo menos vai se mandar depois de Londres. Talvez leve mais uma medalha. Se Mutley e os americanos deixarem.
No basquete estamos bem nos homens e vergonhosos nas mulheres. Acho que elas perderam todos os jogos. Acontece. Os leandrinhos e varejoes cumpriram o dever olímpico e venceram os malandros espanhóis. Perderam de propósito pra fugir dos americanos no cruzamento das chaves. Essas tramóias raramente funcionam. Se tiver que ser campeao tem que ganhar de todo mundo, disse nosso técnico argentino. E agora pegaremos justo os hermanos nas quartas. Eles costumam nos entubar, mas amanha pode ser diferente.
O hipismo nacional deu vexame com um único cavaleiro. Deu desculpas esfarrapadas dizendo que trocaram as ferraduras do cavalo pouco antes da prova, que o vento estava a estibordo e que a velhinha que comia fish & chips fez muito barulho durante a prova desconcentrando o animal. É como se um jogador de futebol dissesse que perdeu o penalty por que trocou a chuteira no vestiário durante o intervalo. Vai pra...
O vento foi o grande vilao dos brasileiros em Londres. Achei que seria a chuva...
Bom, o que faltou?! A cobertura trutística costuma ter um poder de síntese absurdo. O iatismo. Scheidt decepcionou, esse sim. Acho que pelo menos uma briga pelo ouro poderia ter ocorrido. Já o inglês e eterno rival Ben Ginsley (fez o Gandhi no cinema?!) tornou-se o maior medalista da modalidade em todos os tempos pretéritos imperfeitos e futuros do subjuntivo.
Olímpiadas, apesar da ganância dos patrocinadores e emissoras de TV, tem o incrível poder de te fazer vibrar com um incauto indonésio disputando a prata contra um romeno no levantamento de peso até 69 kg. Ou te deixar realmente triste ao ver a Isinbaieva nao levar o ouro. Mas te deixar extremamente feliz ao perceber a cubana de sobrenome Silva disputar e empatar com a americana pelo ouro. Mas Tio Sam levou por que saltou antes.
Até o hóquei de quadra achei bacana. Ainda mais vendo a laranja mecânica ganhando dos eternos rivais alemaes.
Nao vi quase nada de ginástica, só aquela prova dificílima sobre o cavalo com argolas. E alguns saltos das meninas com uma bela romena levando o 1° lugar pra cima de russas e americanas. Comaneci sorriu.
Ainda falta pouco pra acabar. Amanha Bolt deve levar o segundo ouro nos 200. Tem brasileiro na prova, vamo ver no que dá. Só de chegar na final é um privilégio.
Me esqueci dos judocas e boxeadores. Sem eles estariamos lá em baixo no quadro de medalhas. Nao vi nenhuma luta, mas nao importa. Parabéns a todos.
E o primeiro ouro ontem nas argolas foi demais também.
Mas o quero mesmo é ver o futebol levar pela primeira vez o título.
Se você chegou de Vênus agora e acessou esse site sem querer acaba de ficar 100% atualizado sobre o andamento das Olimpíadas londrinas. Melhor que o Truta só se for aqui.
Boa noite!
Venho por meio deste dar satisfacoes aos meus três admiradores. Nao posso deixar passar batido os Jogos Olímpicos, verdadeiro nome dessa sanha de patrocinadores e empresas que se transformou tudo isso.
Atrasaram o início para o final de julho pegando a época do Ramada. O risco de ataques terroristas seria teoricamente menor. E os atletas mulcumanos?! Que se fodam. Nao podem comer durante o dia, o sol se poe bem tarde na ilha da rainha paraquedista, lá pelas 22h, e quando deveriam dormir estao reabastecendo o estômago.
Bom, nao vim aqui pra falar disso. O vexame de sempre do Brasil nao deveria ser novidade pra ninguém. Criam expectativas irreais em cima de todos os atletas quando apenas alguns, tirando os esportes coletivos, tem chances verdadeiras de levar medalha, medalha, medalha!
E ninguém ali é obrigado a cada quatro anos a se tornar salvador da pátria. Ralam durante esse tempo todo na obscuridao e anonimato em condicoes longes das ideais. Normalmente tem um emprego fixo e treinam antes ou depois de trabalhar. E até durante. O apoio das federacoes é limitado. E quando ganham o país inteiro acha por direito dividir a vitória com eles. Quem ganha merece agradecer a si mesmo, ao esforco próprio, ao apoio dos familiares e amigos, e dos treinadores incansáveis.
Quando um atleta brasileiro perde os vagabundos internautas com seus dedos engordurados de pipoca e sal resolvem tirar satisfacoes. Como se eles fossem capazes de fazer melhor. Só de estarem numa Olimpíada, de terem atingido os índices classificatórios, essa turma já é vencedora.
Os quenianos decepcionaram agora há pouco nos 1.500 metros. Nao deu nem pódio. E teve um americano que arrancou feito um dragster no final pra pegar a prata. O argelino levou o ouro fazendo a alegria do Herr Beskri, meu ex-colega de trabalho. Sempre imagino os quenianos treinando da maneira mais óbvia: correndo de leopardos e panteras nas savanas africanas. Ás vezes percorrendo dois saaras por semana como camelos sem uma gota d'água. Esses caras parecem robôs.
Nos 3.000 metros ontem, com obstáculos, levaram ouro e bronze. Os mesmos três andróides. Um caiu, tropecou e nao levou nada. Talvez uma coleira londrina pra leoparda da vizinha. Um francês se intrometeu entre eles e pegou a baixela prateada. Sanduíche de saucisson. O Quênia foi colônia francesa?! Deve ter sido. Meia África foi.
Nao consigo torcer para os americanos. Sao arrogantes, metidos a besta demais. Os velocistas parecem presidiários recem libertados. Nao conseguem acompanhar os jamaicanos. Esses sim, nao só Usain como todos os outros, os mais simpáticos. Apenas abrem um sorriso feliz e nos conquistam imediatamente.
Viram a branquinha australiana nos 110 metros com barreiras deixando a esquadra do Tio Sam pra trás?! Ela em primeiro, no photochart (é assim?!) e três negonas do Tennessee na sequência. Caiu no chao de alegria ao ver seu nome em 1° no placar. Bacana.
Os únicos norte americanos que tem minha torcida sao os mágicos da NBA e o Phelps. Pra ele torci em todas as provas, até contra nossos brasileiros. Em Pequim já foi assim. Acordava na madrugada européia pra ver as provas. Vi todos os ouros ao vivo, inclusive aquele dos 200 borboleta, se nao me engano, quando ele ganhou na última bracada. Por que borboleta?! Na minha época era golfinho. O Phelps aliás parece um golfinho num corpo humano. Pula na água e dispara na frente. Sai da água meio abobalhado, sem saber realmente o que fez. Acho que só se dá conta de verdade quando revê as provas em casa acompanhado de um narguilê e amigos. Deixou de ser atleta para se tornar nacao.
Neymar, Damiao e cia. venceram os coreanos do sul e convenceram. Três tentos a zero, diria Sílvio Luis. Agora pegamos os mexicanos em busca do sonhado ouro. Eles que já se acostumaram a nos vencer. É sábado às 4h da tarde. Depois de pintar a casa, verei.
E o vôlei?! As meninas mandaram o carrasco russo pra Vladvostok. Finalmente! Estamos nas semis e a sensacao é a melhor possível. No masculino, falava eu hoje no almoco tailandês que o Bernardinho é o maior mala da galáxia. Chato pra caralho! Insuportável. Mas dá resultado, todos disseram. E daí, precisa ser intragável assim?! Pelo menos vai se mandar depois de Londres. Talvez leve mais uma medalha. Se Mutley e os americanos deixarem.
No basquete estamos bem nos homens e vergonhosos nas mulheres. Acho que elas perderam todos os jogos. Acontece. Os leandrinhos e varejoes cumpriram o dever olímpico e venceram os malandros espanhóis. Perderam de propósito pra fugir dos americanos no cruzamento das chaves. Essas tramóias raramente funcionam. Se tiver que ser campeao tem que ganhar de todo mundo, disse nosso técnico argentino. E agora pegaremos justo os hermanos nas quartas. Eles costumam nos entubar, mas amanha pode ser diferente.
O hipismo nacional deu vexame com um único cavaleiro. Deu desculpas esfarrapadas dizendo que trocaram as ferraduras do cavalo pouco antes da prova, que o vento estava a estibordo e que a velhinha que comia fish & chips fez muito barulho durante a prova desconcentrando o animal. É como se um jogador de futebol dissesse que perdeu o penalty por que trocou a chuteira no vestiário durante o intervalo. Vai pra...
O vento foi o grande vilao dos brasileiros em Londres. Achei que seria a chuva...
Bom, o que faltou?! A cobertura trutística costuma ter um poder de síntese absurdo. O iatismo. Scheidt decepcionou, esse sim. Acho que pelo menos uma briga pelo ouro poderia ter ocorrido. Já o inglês e eterno rival Ben Ginsley (fez o Gandhi no cinema?!) tornou-se o maior medalista da modalidade em todos os tempos pretéritos imperfeitos e futuros do subjuntivo.
Olímpiadas, apesar da ganância dos patrocinadores e emissoras de TV, tem o incrível poder de te fazer vibrar com um incauto indonésio disputando a prata contra um romeno no levantamento de peso até 69 kg. Ou te deixar realmente triste ao ver a Isinbaieva nao levar o ouro. Mas te deixar extremamente feliz ao perceber a cubana de sobrenome Silva disputar e empatar com a americana pelo ouro. Mas Tio Sam levou por que saltou antes.
Até o hóquei de quadra achei bacana. Ainda mais vendo a laranja mecânica ganhando dos eternos rivais alemaes.
Nao vi quase nada de ginástica, só aquela prova dificílima sobre o cavalo com argolas. E alguns saltos das meninas com uma bela romena levando o 1° lugar pra cima de russas e americanas. Comaneci sorriu.
Ainda falta pouco pra acabar. Amanha Bolt deve levar o segundo ouro nos 200. Tem brasileiro na prova, vamo ver no que dá. Só de chegar na final é um privilégio.
Me esqueci dos judocas e boxeadores. Sem eles estariamos lá em baixo no quadro de medalhas. Nao vi nenhuma luta, mas nao importa. Parabéns a todos.
E o primeiro ouro ontem nas argolas foi demais também.
Mas o quero mesmo é ver o futebol levar pela primeira vez o título.
Se você chegou de Vênus agora e acessou esse site sem querer acaba de ficar 100% atualizado sobre o andamento das Olimpíadas londrinas. Melhor que o Truta só se for aqui.
Boa noite!